“Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom…” – Gênesis 1.31
Quando olhamos para a condição das famílias parece até que o versículo acima é uma afirmação que serve para tudo o que Deus criou, menos para a família. Porque hoje a família como núcleo chefe da formação social está tão abalada que, acreditar que é muito bom, está difícil. Uma inversão de valores se instalou no meio da família de tal maneira que promoveu uma confusão generalizada, e aparentemente tudo caminha para o caos total.
Creio que em grande parte isto se dá pelo afastamento das pessoas aos princípios de Deus para a família. Com esta sociedade superficialista, a correria do dia a dia, os afazeres demasiados e um nível de ansiedade elevadíssimo, os valores básicos e sustentadores da relação familiar vão se desmoronando pouco a pouco. Quando isto acontece os resultados podem ser desastrosos.
Vejamos algumas áreas familiares que têm sido negativamente afetadas por esta falta de sintonia, compreensão e obediência aos princípios de Deus no lar.
Diálogo
A comunicação entre familiares têm sido truncada e na maioria das vezes ríspida. Apesar de termos o mesmo vocabulário, as palavras têm os mais variados sentidos. Não é raro ver um membro da família gritar, zombar, deixar o outro falando sozinho, etc. Isto para não falarmos da face nefasta do diálogo, o silêncio. O diálogo muitas vezes só existe quando vamos pedir algum favor ao outro. Fomentado pelo problema da falta de tempo toda esta situação só se agrava mais e mais. Provérbios 15.1 – “A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira”.
Respeito
Porque estamos em família, nós nos esquecemos de que cada membro desta família possui sentimentos, e que devem ser tratados com o mesmo, aliás, com maior respeito que temos pelos de fora. Nós nos ferimos mutuamente e deixamos por isso mesmo. Geralmente nós somos bem educados com os de fora, fazemos gentilezas, somos prestativos, etc, mas não agimos da mesma maneira com os de casa. Todos nós fomos criados com sentimentos que devem ser respeitados. Hebreus 10.24 – “Consideremo-nos também uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras”.
Comunhão
Com a vida urbana veio a pressa. Temos que mastigar alguma coisa correndo porque já estamos atrasados para algum compromisso. São agendas lotadas, compromissos urgentes, afazeres diversos. Os filhos chegam e saem. Não são notados e as vezes nem fazer questão de ser. Isto tudo faz com que a distância, não física, mas emocional aumente entre os cônjuges e também entre pais e filhos. 1 Pedro 3.7ª – “Vivei a vida comum do lar, com discernimento…”.
Assim vamos levando, até que alguma coisa trágica aconteça e então temos que parar para repensar os nossos valores. O problema é que quando procuramos consertar os problemas, as vezes já é tarde. Algo já se perdeu e não será mais recuperado. Choro e lamentos se seguem. Mas isto não precisa ser assim. Devemos com humildade nos arrepender e pedir que o Espírito Santo de Deus se faça presente em nossos lares nos ensinando a viver de uma maneira que agrade ao Pai. Somente assim as mudanças ocorrerão e nossos lares serão lugares felizes, abençoados e abençoadores.
