Conhecer-se a si mesmo

Conhecer a si mesmo, significa conhecer nossos limites

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A grande pergunta: quem eu sou? Imagem meramente ilustrativa

O autoconhecimento ou conhecer-se a si mesmo é muito importante na vida do indivíduo, e podemos começar com as seguintes perguntas:

  • O que significa conhecer-se a si mesmo e, 
  • Qual é a verdadeira utilidade desta qualificação? 

O ser humano é complexo devido a sua singularidade, ou seja, cada um de nós possui um mundo subjetivo. E nele temos nossas memórias, nossas experiências de vida teóricas e práticas, todo repositório de lembranças da vida presente, torna-se a base dos nossos pensamentos. Somos nossas experiências, todo nosso aprendizado, aquilo que assimilamos desde a infância até os dias atuais. Nossas contradições, medos, crenças, empatias, inveja, cobiça, nossa postura diante da vida, etc. 

Somos muitos fragmentos de muitas outras personalidades e nenhuma delas ao mesmo tempo. Alternamos comportamentos ao longo dos estágios etários do nosso desenvolvimento somático, e também no decorrer de um só dia somos muitos, sem nos fixarmos em nenhum deles, enfim este é mundo subjetivo.

Conhecer a si mesmo, significa conhecer nossos limites, nosso ponto de equilíbrio é uma missão que não é fácil nem simples, mas tudo deve começar por aí. A conquista do equilíbrio é o que separa meninos de homens, omissos transeuntes de cidadãos comprometidos, com discernimento e assertividade. Homens retos, prontos para auto critica.

E para isso precisamos de uma mente aberta, imparcial, minimamente alienada, não contaminada pelas crenças, vícios e costumes doutrinários, políticos e sociais. Uma mente emancipada dos idealismos que ocupam nosso universo das tradições que ainda regem e controlam, induzem e condicionam, direcionam nossas aspirações e objetivos de vida.

Nisto consiste o autoconhecimento, onde o ser torna-se capaz de olhar para si como realmente é, sabendo até aonde poderá ir. Tendo como benefício imediato, a aptidão de, qualificar, promover  ajustes, reformar, modificar ou descartar, traços fracos e, na mesma empreitada, potencializar, maximizar, os pontos fortes ou virtudes, de seu temperamento.

Uma melhor qualidade de vida seria o resultado mais óbvio a ser considerado após a conquista desse objetivo. Não poderia ser diferente, uma vez que os ganhos seriam evidentes a partir da eliminação da maioria dos nossos conflitos pessoais; da erradicação de grande parte dos fantasmas mentais que teimam em transformar nossos dias em verdadeiras cruzadas no tenebroso campo de batalha das contradições humanas.

O natural em nossa caminhada diária seria a estabilidade mental, sem oscilações emocionais negativas, e salvo as perturbações dos imprevisíveis problemas somáticos, ou transtornos involuntários do meio social. Uma sensação de bem estar, de alegria da motivação, passariam a nos acompanhar desde o acordar até o recolhimento ao fim do dia. 

Mas, para tanto, faz-se necessário vencermos a nossa maior dificuldade a luta contra nós mesmos. Sairmos do lugar comum, refletirmos o que realmente vale a pena ser feliz ou ter razão, vivermos confiantes em nos nossos limites ou nos aventurarmos sem nenhuma certeza. O autoconhecimento é o caminho para auto análise, ele possibilita consciência de seu real valor, propiciando mudanças de crenças tendo como resultado melhor qualidade de vida, onde cabe coisas simples como pedir ajuda e buscar novos rumos afim de suprir carências bem como sanar exageros. Despertar o auto respeito, referente ao tempo de cada um e seus lugares distintos, fatores estes capazes de propiciar mudanças indispensáveis para a construção de seres equilibrados prontos para a travessia da grande linha da vida. O momento é agora para conhecer-se, para tomar posse do seu devido valor e finalmente reconhecer que você é um vencedor nato. Basta acreditar!

Se você continuar dizendo que está ocupado, então você nunca estará livre. Se você continuar dizendo que não tem tempo, então você nunca terá tempo. Se você continuar dizendo que fará isso amanhã, então o amanhã nunca chegará.

Eliana Pereira Ignacio

Eliana Ignacio é Psicóloga formada pela PUC - Pontifícia Universidade Católica – com ênfase em Intervenções Psicossociais e Psicoterapêuticas no Campo da Saúde e na Área Jurídica. É especializada em Dependência Química pela UNIFESP Escola Paulista de Medicina em São Paulo, Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas; especializada em Atendimento Familiar pelo Grupo Mineiro de Psicologia Humanista. IFL - Instituto Fraternal de Laborterapia em São Paulo. Psicoterapia - Holística. FEBRACT- Federação Brasileira das Comunidades Terapêuticas. DENARC Departamento de Investigação sobre Narcóticos. Conselheira junto ao núcleo de Psicologia Social e Políticas Públicas do Alto São Francisco. Conselheira junto ao SENAD - Secretaria - Nacional de Políticas sobre Drogas - Governo Federal.

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Eliana Pereira Ignacio
Eliana Ignacio é Psicóloga formada pela PUC - Pontifícia Universidade Católica – com ênfase em Intervenções Psicossociais e Psicoterapêuticas no Campo da Saúde e na Área Jurídica. É especializada em Dependência Química pela UNIFESP Escola Paulista de Medicina em São Paulo, Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas; especializada em Atendimento Familiar pelo Grupo Mineiro de Psicologia Humanista. IFL - Instituto Fraternal de Laborterapia em São Paulo. Psicoterapia - Holística. FEBRACT- Federação Brasileira das Comunidades Terapêuticas. DENARC Departamento de Investigação sobre Narcóticos. Conselheira junto ao núcleo de Psicologia Social e Políticas Públicas do Alto São Francisco. Conselheira junto ao SENAD - Secretaria - Nacional de Políticas sobre Drogas - Governo Federal.