Seleção de Tite dá adeus ao Mundial do Catar 2022

A seleção de Tite jamais teve qualquer conexão com o Brasil

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A conta do fiasco brasileiro no Mundial do Catar é todo de Tite. Foto: Lucas Figueiredo/CBF

Seleção do Tite? Sim, a seleção brasileira foi até a sexta-feira, 9, a seleção do Tite, dos seus compadres e apadrinhados, que não chegou a lugar algum, parando mais uma vez nas quartas de finais, agora para a Croácia que venceu nos pênaltis, depois de empate em 0x0 no tempo normal e em 1×1 na prorrogação.

Tite resistiu a eliminação para a Bélgica em 2018 na mesma fase e para a mesma geração que fez uma campanha muito fraca neste Mundial. Tite, disse que convocava os melhores, ou os mais adequados no seu conceito, e que naufragaram com ele de novo. Quando anunciou a convocação para a disputa do Mundial, havia nela nada menos que nove atacantes e somente Everton Ribeiro, um armador de ofício, e a quem o Flamengo deve grande parte do sucesso recente. Segundo, Tite, tantos atacantes mostravam que o Brasil estaria – sempre no seu conceito – bem servido na frente.

Iniciada a campanha, viu-se que nenhum deles funcionou como devia e a campanha do Brasil foi verdadeira medíocre de qualquer ponto de vista. Uma vitória de 2×0 contra a Sérvia, um magro 1×0 – gol do volante Casemiro – contra a Suíça e a derrota inédita – com o time reserva contra Camarões. Venceu a Coreia do Sul por 4×1 nas oitavas de final.

Nem de longe a Croácia lembra as grandes seleções da Europa, mas o time comandado pelo meio-campista Luka Modric é o atual vice-campeão do mundo e sabe-se desde sempre que é um adversário difícil de ser enfrentado. O que se viu no jogo foi uma seleção brasileira apática, desinteressada, desligada e aparentemente cansada.

No primeiro tempo, a seleção de Tite foi encaixotada, dominada e Modric comandou as ações do seu time. Com as mudanças no segundo tempo, o Brasil acuou a Croácia, mas não foi efetivo no seu jogo. Até que veio a fatídica prorrogação e os pênaltis para tristeza de milhões de brasileiros.

A seleção de Tite é um bando de jogadores mimados e totalmente desconectado com o país, e com excessão de Weverton, Everton Ribeiro e Pedro todos jogam na Europa, tirando Daniel Alves o maior apadrinhado de Tite que foi passear no Catar, mesmo que o treinador tivesse a sua disposição Marcos Rocha e Rodinei, respectivamente laterais de Palmeiras e Flamengo. Faltou para a seleção de Tite qualidade em todos os aspectos, já que funcionar, funcionar, mesmo só Neymar e talvez Richarlison e olhe lá.

O Brasil de Tite tem uma defesa que mesmo com jogadores experientes, deixou-se surpreender no contra ataque que resultou no gol de empate da Croácia. Obviamente, há o desarranjo e desatenção do meio campo

O desacerto de Tite é tamanho, que com a contusão de Danilo, ele foi obrigado a improvisa Eder Militão na lateral direita, já que Daniel Alves está visivelmente sem ritmo além da idade para uma competição de alto nível como é a disputa de um mundial de seleções.

O palavrório rebuscado e incompreensível de Tite dão a exata noção de que ele foi o homem errado no lugar errado, se bem que no Brasil de hoje, faltam treinadores nacionais de qualidade reconhecida, ou seja, o futebol brasileiro passa por uma crise nos bancos de reservas. A campanha das Eliminatórias não serviu de base e nem de baliza para a disputa do Mundial. Os resultados no Catar atestam tudo isto.

Será preciso tirar lições da má campanha no Catar e colocar em prática para evitar experiências ruins. Inadmissível é que jogadores como Vini Junior e Rodrygo levem para o ambiente da seleção seus problemas com patrocinadores e empresários. Vini Junior reclama que a Nike deu a ele modelos ultrapassados da chuteira que ele usa o que gerou descontentamento nele. Já Rodrygo rompeu relações comerciais com seu empresário por que aparentemente não se esforçou para conseguir mais contratos publicitários para o jogador. E tanto um quanto outro quiseram resolver seus problemas em pleno Mundial, numa total falta de noção do que representa estar lá.

A seleção de Tite ficou devendo e muito e agora é começar de novo e torcer para que o próximo ciclo nos traga melhores resultados e expectativas, a não ser que o escolhido seja o retranqueiro e ultrapassado Mano Menezes. Que assim não seja…

Jehozadak Pereira

Jehozadak Pereira é jornalista profissional e foi editor da Liberdade Magazine, da Refletir Magazine, do RefletirNews, dos jornais A Notícia e Metropolitan, do JS News e jornalista da Rede ABR - WSRO 650 AM. Foi articulista e editorialista do National Brazilian Newspaper, de Newark, New Jersey. É detentor de prêmios importantes tais como o Brazilian Press Awards e NEENA - New England Ethnic Newswire Award entre outros