Parece óbvio qual a resposta correta: comece a retirar a água. Apanhe um balde e freneticamente se ponha ao trabalho. Afinal de contas se não fizer isto este barco certamente afundará. Concordo em parte com esta resposta. Não que eu tenha a resposta mais certa para a citação acima. Mas apenas creio que existam alternativas que podem ser igualmente úteis, boas e que promovam o mesmo fim que é, não deixar o barco afundar. Por exemplo, ao invés de dedicadamente tentar retirar a água do barco, por que não tentar tapar o buraco? Afinal de contas o resultado seria o mesmo. Mas muitos não pensam assim. E por serem tanto que assim pensam parece até que esta seja a escolha natural.
Na maioria dos casos, quando confrontados com uma situação que demanda uma decisão importante, tomamos a decisão que parece mais óbvia dentro das possibilidades disponíveis. O problema é que o óbvio nem sempre é o certo. E se é o certo pode não ser a melhor opção. Baseado nisto aqui vai alguns conselhos quando o barco da sua vida começar a apanhar água. Lembrando que o barco é uma figura e que pode ser, sua família, empresa, saúde, finanças, etc.
Primeiro; aprenda a arte de redirecionar. Saber quando mudar o curso pode fazer toda a diferença entre sucesso e fracasso. Já disse antes e repito: fazer a mesma coisa e esperar resultados diferentes é tolice. Aqueles que aprendem a arte de redirecionar e recomeçar são geralmente as pessoas mais bem sucedidas que conhecemos.
Segundo; existe mais de uma interpretação para erro ou falha. Deixe-me explicar. Alguém tenta um empreendimento e falha. Logo ele diz fracassei, não consegui, sou um derrotado. Outro tenta e erra da mesma maneira. Só que neste caso a pessoa diz assim, eliminei mais uma possibilidade, aprendi que não é assim, ganhei uma experiência valiosíssima e então levanta a cabeça e tenta novamente, mas agora com mais experiência. Este segundo se torna um Thomas Alva Edison.
Terceiro; não se permita azedar com os embates da vida. Pessoas expostas as mesmas situações na vida respondem as vezes de forma completamente diferentes. Duas mães perdem um filho em um acidente de trânsito onde o outro motorista estava alcoolizado. Uma delas se consome com o sofrimento e se auto destrói em um processo lento e penoso. A outra consegue juntar os pedaços de seu coração e se torna uma ativista social, que dedica a sua vida para criar novas leis que punam com mais rigor motoristas embriagados, salvando assim uma quantidade enorme de pessoas, e evitando que mães, como ela, tenham que sofrer a mesma dor.
Quarto; o capitão é o último que deve abandonar o barco. Nada de heroismo inconsequente do tipo “The Perfect Storm” onde o ator George Clooney se recusa a abandonar o seu barco e perece com ele. Não. Meu princípio é o da não desistência antecipada. Existe a hora certa de pular na água. Mas muitos o fazem cedo demais, outros tarde demais. Perceber quando um investimento está naufragando e saber qual é o tempo certo para redirecionar, é imprescindível para a sobrevivência e o sucesso financeiro.
Creio que se aplicados com sabedoria e prudência estes princípios podem fazer toda a diferença entre sucesso e fracasso, alegria e tristeza, satisfação e remorso. Aliás, a Bíblia Sagrada já antecipa ensinando que há “tempo para todo propósito debaixo de céu”.
