Então é Natal! As reflexões propõem o significado mais profundo do Natal de Jesus. Na encarnação, Deus partilhou a condição humana, para comunicar a sua vida e a sua alegria.
Porém a origem da tradição de se dar presentes no Natal perdeu o verdadeiro sentido, Àquele que surgiu em razão dos presentes que os reis magos levaram para o menino Jesus. Baltazar, Belchior e Gaspar levaram ouro, mirra e incenso para Jesus.
Cada um com seu significado: o ouro simbolizava as riquezas da realeza e a proteção de Deus; a mirra em óleo foi ofertada para fazer a limpeza do corpo de Jesus e protegê-lo de doenças; o incenso foi levado para dar proteção através da crença, da fé e da oração.
Mas com o passar dos anos, a tradição de se presentear foi se difundindo pelo mundo, e hoje em dia é muito maior, em razão do consumismo que a vida moderna oferece. São vitrines cheias de atrativos, coloridas, com artigos que variam desde os mais simples até os mais sofisticados, afim de agradar qualquer consumidor.
Além disso, os shoppings montam estruturas decorativas para atrair a criançada, que querem ver e falar com o papai Noel. Em virtude dos costumes dos presentes, surgiram algumas brincadeiras para animar a festa de Natal, como os amigos secretos. Mas é importante lembrar que os presentes agradam a todos, mas não são os melhores elementos da festa de Natal.
Não podemos nos esquecer do melhor e maior presente que Deus nos deu, a “família”. A família, um presente um projeto de Deus, a ciência revela que, para o desenvolvimento saudável da próxima geração, o que conta não é tanto a estrutura tradicional, e sim a qualidade dos vínculos afetivos.
O que vale, portanto, é o comprometimento de todos os familiares que vão fortalecer o desenvolvimento e educação. A família é o primeiro laço do bebê com o mundo. A troca de afeto, de valores e de conhecimento é determinante ao desenvolvimento das funções emocionais e cognitivas. Crianças com carência afetiva podem se tornar apáticas, apresentar dificuldades de aprendizado e ter diminuição de certas áreas cerebrais.
Pequenos detalhes como fazer refeições em família regularmente os gera mais confiabilidade. Afinal, sentar-se à mesa para comer é uma oportunidade de socializar e descobrir eventuais alterações no seu comportamento. Entretanto, não são apenas jantares ou almoços que contam. O que importa é realizar atividades que reúnam a família com frequência e que não disputem a atenção com o celular ou a televisão. Reservar tempo para passar com os filhos os cônjuges enfim, com família só faz bem. E garantir que esses momentos estreitem o elo e ainda asseguram a certeza de um futuro promissor mais confiante e saudável. O Natal nos revela o amor imenso de Deus pela humanidade. Daqui deriva a nossa esperança. Na nossa fragilidade, sabemos ser amados e acompanhados por Deus.
Com o nascimento de Jesus, nasceu uma promessa nova, um mundo novo, um mundo que pode ser sempre renovado. A fé na encarnação, também diz que Deus é solidário com o homem, e esta proximidade é um dom que sempre se mantém. Mas esse mistério da encarnação, também tem um aspecto ligado à liberdade humana.
O verdadeiro espírito natalino fica presente através das boas atitudes entre os homens, que precisam ser mais compreensivos, respeitosos e amáveis com os outros. O Verbo de Deus monta a sua tenda entre nós, pecadores, e todos nós devemos nos apressar para receber a graça.
Tantas vezes, nós O rejeitamos, preferimos permanecer no nosso pecado, mas Jesus não desiste, não deixa de oferecer a si mesmo e a graça que nos salva. Jesus nos espera sempre, essa é uma mensagem de esperança, de salvação e nós somos chamados a testemunhar com alegria este Evangelho da vida.
Podemos manifestar nossos bons sentimentos arrecadando brinquedos para serem doados em instituições que abrigam menores, ofertando agasalhos e alimentos para mendigos das ruas das cidades, respondendo cartinhas de crianças carentes que ficam nos correios, enfim, tendo compaixão por aqueles que precisam.
Desejo a todos um Feliz Natal, com muita luz, paz e amor!
