O brasileiro Gustavo de Ávila Moreira Farinha, 30 anos, foi condenado nesta semana pela Justiça Federal a uma pena de dois anos e dez meses de prisão por liderar um esquema de fraude eletrônica e roubo de identidade em todo o país. Gustavo é o último dos cinco réus a ser condenado em conexão com o esquema que criava contas fraudulentas da Uber e Lift e de aplicativos de entrega de alimentos e compras.
Em maio de 2021, Gustavo, sua namorada Tatiane Pereira Arantes, 38 anos; Natália Magalhães Rocha, 30 anos; Leonardo Trulsen de Oliveira, 30 anos e Thassya Rebeca da Silva Alves, 30 anos foram acusados criminalmente de conspiração nacional para abrir contas fraudulentas usando identidades roubadas de clientes de aplicativos de transporte de pessoas e compras. Tatiane recebeu no começo do mês de agosto, uma sentença de dois anos e meio de prisão; Natália, foi sentenciada a uma pena de dois anos, quatro meses e quinze dias; Leonardo, recebeu uma condenação de dois anos e três meses e Tassya foi condenada a dois anos de prisão. Os cinco são indocumentados e vivem irregularmente nos Estados Unidos e moravam na região de San Diego, Califórnia.
No seu acordo de admissão de culpa, Gustavo reconheceu que entre 2018 e maio de 2021, ele e seus comparsas brasileiros operaram o esquema de fraude que em princípio tinham como foco, as empresas que transportam pessoas. Com o advento da pandemia de Covid-19, e a diminuição de corridas, o grupo mudou o foco para a criação fraudulenta de contas em aplicativos de compras e delivery. As contas eram anunciadas livremente nas redes sociais e grupos de WhatsApp e vendidas ou alugadas para imigrantes também indocumentados, além deles próprios usarem tais contas para poder captar mais dados de clientes e usá-las indevidamente.
Gustavo de Ávila admitiu também que o dinheiro arrecadado era lavado e ocultar a sua origem fraudulenta. A quadrilha comandada por Gustavo, roubou documentos e identidades de pelo menos 100 pessoas ao longo de três anos.
