
O U.S. Immigration and Customs Enforcement (ICE), anunciou na quinta-feira, 24, que removeu e entregou no dia 27 de março para as autoridades brasileiras, Lenaria Aparecida Pereira Sandoval, que era fugitiva da justiça por ter cometido um assassinato, pelo qual recebeu uma sentença de 17 anos de reclusão.
Com seu nome incluído na Difusão Vermelha da Interpol, Lenaria Sandoval, foi detida pelo ICE em 27 de fevereiro de 2023, em Quincy, Massachusetts e desde então tentou permanecer nos Estados Unidos, inclusive tentando na justiça brasileira, a anulação do seu processo. Nos Estados Unidos, interpôs recursos para não ser deportada para o Brasil e em 27 de agosto de 2024, um juiz de imigração determinou que ela fosse removida. Como mais uma tentativa de não ir embora, entrou com um novo recurso que foi negado em 29 de janeiro de 2025. Em 26 de março, um dia antes de ser deportada, tentou reabrir o seu caso e entrou com uma ‘Motion to Repoen, BIA Jurisdição’, medida que deve cair, pois ela já não está mais em território americano.
Lenaria entrou legalmente nos Estados Unidos em 27 de dezembro de 2015, em Orlando, Flórida, chegou a se casar com um cidadão americano e obteve um ajuste de status para residente permanente (green card), ato que foi revogado por ocasião da sua detenção em. Quando Lenaria obteve o status de residente permanente em abril de 2021, omitiu das autoridades de imigração as acusações criminais a que respondia no Brasil, o que configura violação grave, o que tornou possível o cancelamento do seu processo imigratório.
Mesmo sendo casada com um homem, Lenaria postava fotos nas redes sociais com sua namorada.
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Relembre o caso

Em 4 de dezembro de 2013, em Campos Altos, Minas Gerais, Lenaria e uma cúmplice – Juliana Aparecida de Morais, assassinou José Ribeiro de Lima (foto), que na época do crime tinha 66 anos e atearam fogo no cadáver dele. Juliana foi absolvida pelo corpo de jurados do julgamento.
De acordo com a sentença, à qual a reportagem do Metropolitan News USA teve acesso, Lenaria foi considerada culpada pelos seguintes crimes:
1. Homícidio duplamente qualificado por motivo fútil e pelo emprego de asfixia contra a vítima;
2. Crime de destruição de cadáver, que foi parcialmente incendiado e,
3. Crime de furto do carro da vítima, um Fiat Strada pelo concurso de duas ou mais pessoas. No julgamento, o júri decidiu que Juliana Aparecida de Morais, não praticou os crimes que lhe foram imputados e ela foi inocentada.
Pelos crimes praticados, Lenaria que na época dos fatos tinha 20 anos de idade, foi condenada a uma pena de 15 anos de reclusão e mais dois anos por agravantes, totalizando 17 anos de condenação. Em dezembro de 2015 Lenaria veio para os Estados Unidos, e mesmo condenada e com um mandato de captura pendente, esteve no Brasil em julho de 2021, e retornou sem ser detida de volta para os Estados Unidos. Nesta ocasião, Lenaria recebeu e assinou a intimação do seu julgamento.