Não seja a próxima vítima da violência doméstica

As vítimas destes homens merecem respeito e que não sejam esquecidas

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Kethelen Paula Alves Tavares. Reprodução de redes sociais

As recentes mortes por violência doméstica das jovens brasileiras Melyssa Pereira da Costa, 21 anos, em Danbury, Connecticut em 20 de novembro e de Kethelen Paula Alves Tavares, 28 anos, em Marlborough, Massachusetts, trouxeram de volta um pesadelo e tragédia para a comunidade brasileira nos Estados Unidos.

Ouça em português o spot da campanha de renovação da sua cobertura de saúde do MassHealth

Melyssa Pereira da Costa. Reprodução de redes sociais

Melyssa foi assassinada a facadas por Dheraldy Caldeira, 29 anos, seu ex-companheiro que tirou a própria vida. De acordo com relatos, Caldeira não se conformou com a separação. Já Kethelen, foi morta com um tiro no rosto disparado por Marlon Costa, 27 anos, seu então namorado, que teria disparado contra si, cometendo suicídio.

As mortes de Melyssa e Kethelen foram manchetes na mídia americana e brasileira, e o motivos teriam sido o fim de ambos os relacionamentos, com os quais não concordavam os homens.

Tragicamente os nomes de Melissa e Kethelen passam a fazer parte de uma longa lista de mulheres brasileiras que foram vítimas de feminicídio nos Estados Unidos e viveram relacionamentos abusivos e geralmente violentos.

O enredo das mortes de Melissa e Kethelen pelas mãos de homens alucinados é por demais conhecido. Uma vítima indefesa, um homem furioso por qualquer razão e o desfecho é mais uma morte violenta de uma mulher.

A pergunta que se faz é até quando ou quantas mulheres mais terão de morrer nas mãos de homens transtornados que resolvem diferenças com suas mulheres e parceiras na violência e na força bruta?

Nas agências e entidades que ajudam e auxiliam mulheres que são vítimas de violência doméstica, as histórias de acumulam aos milhares e é preciso coragem e destemor para buscar ajuda para se livrar do ciclo pernicioso das agressões, da pancadaria, da força bruta e de tudo aquilo que serve para humilhar e diminuir a mulher diante da sociedade.

Para obter ajuda contra a violência doméstica e o abuso emocional no Estado de Massachusetts, acesse o site da Jane Doe Inc, que disponibiliza cidade a cidade entidades que prestam apoio e ajuda para vítimas de abuso e violência doméstica. Para saber quem são, clique aqui e coloque o seu ZIP Code ou o nome da sua cidade.

Recomendações
– Leve a sério todas as ameaças que ex-companheiros, maridos, namorados fizerem;
– Junte provas como mensagens de texto, e-mails e busque orientação legal para gravar ameaças telefônicas;
– Busque ajuda se sentir que sua integridade física e emocional estiver ameaçada
– Peça às autoridades uma restraining order;
– Não se intimide com ameaças e tentativas de agressão; denuncie quem faz isto;
– Nunca retalie ou use de força para responder a qualquer agressão física, verbal e/ou psicológica;
– Não importa a sua condição ou status imigratório; você têm direitos;
– Busque conselho legal sobre como se livrar dos abusos

Abuso emocional
O abuso emocional pode se caracterizar de diversas formas e modos. Um deles é a humilhação constante do cônjuge, namorado/a ou companheiro/a. Pode envolver questões financeiras e comportamental. O assédio moral é uma das características de abusadores emocionais que agem sempre no sentido de diminuir a outra pessoa.
– Falas pejorativas como: ‘Você é gorda’; ‘Você é uma porca’; ‘Preguiçosa’; ‘Fracassado’; ‘Incapaz’
– Diminuição moral da esposa/o na frente dos filhos e dos amigos;
– Apelidos e nomes depreciativos;
– Chacotas e exposição a situações constrangedoras;
– ‘Lugar de mulher é na cozinha’; ‘Mulher só serve para lavar roupa’; ‘Toda mulher é burra’, etc;
– Menosprezo pelas qualidades e conquistas da/o outra/o pessoa;
– Quando confrontados/as dizem que tudo é brincadeira;
– Busque ajuda para se livrar do abusador/a emocional

Jehozadak Pereira

Jehozadak Pereira é jornalista profissional e foi editor da Liberdade Magazine, da Refletir Magazine, do RefletirNews, dos jornais A Notícia e Metropolitan, do JS News e jornalista da Rede ABR - WSRO 650 AM. Foi articulista e editorialista do National Brazilian Newspaper, de Newark, New Jersey. É detentor de prêmios importantes tais como o Brazilian Press Awards e NEENA - New England Ethnic Newswire Award entre outros