Seleção brasileira dá vexame e torcedores analisam crise

Presidente, treinador e jogadores estão perdidos e maus resultados preocupam torcida

0
272
Seleção deu vexame em Buenos Aires. Foto:CBF

A seleção brasileira protagonizou mais um vexame nas Eliminatórias Sul-Americana ao tomar uma goleada por 4×1 da Argentina em Buenos Aires, na noite da terça-feira,25. O resultado adverso provocou mais uma crise e levou de vez o pânico ao ambiente da seleção e escancarou a inércia do presidente da CBF Ednaldo Rodrigues e do técnico Dorival Junior.

Com a derrota para a Argentina, o Brasil ocupa o 4º lugar na classificação com 21 pontos ganhos; 14 jogos, 5 vitórias, 6 empates e 3 derrotas, e se as eliminatórias terminassem hoje, estaria classificado para o Mundial de 2026, que será nos Estados Unidos, México e Canadá. Seis seleções classificam-se direto para o Mundial.

Faltando quatro rodadas, a seleção brasileira tem pela frente o Equador fora de casa e o Paraguai em casa nos jogos de junho pela 15 ª e 16ª rodada respectivamente. Em setembro na 17ª rodada o jogo será contra o Chile em casa e na 18ª rodada joga contra a Bolívia fora de casa.

O Equador é o vice-líder com 23 pontos ganhos; o Paraguai é 5º colocado com 21 pontos; a Bolívia é a 8ª colocada com 14 pontos e o Chile é o lanterna com 10 pontos ganhos. O Brasil terá de jogar na altitude de Quito e La Paz contra adversários perigosos e se perder mais jogos pode ter de disputar a repescagem.

A coluna Na Arquibancada perguntou a alguns torcedores o que acham da atual situação da seleção brasileira, suas expectativas e as respostas e comentários estão a seguir.

Geraldo é torcedor gremista

Para Geraldo DeSouza a situação não é nada confortável.  “Nenhuma surpresa (o futebol jogado pela seleção). Pelo desempenho era o esperado. Sem meio campo, sem um articulador, sem volantes de qualidade, marcando distante, sem aproximação, jogadores sem poder de decisão, e uma defesa que tem Marquinhos não vai chegar a lugar nenhum. Demite essa comissão técnica hoje. Não espera. Chama o Abel Ferreira, o Filipe Luís ou o Renatão (Gaúcho). Essa seleção é a cara do presidente da CBF”, disse Geraldo, torcedor do Grêmio. Geraldo publica seus textos, crônicas e artigos no MNUSA.

Donizete Santos é torcedor do multi campeão Palmeiras

A seleção é mal treinada e sem entrosamento. Evidentemente, e com certeza, o Dorival não consegue extrair o talento que poucos jogadores têm, faz convocações políticas e as vezes de apelo público. É um bom treinador para clubes e não para uma seleção. Acho que não trabalha bem com medalhões, como não consegue se impor, acaba fazendo concessões e isso causa mal-estar no elenco. Na minha opinião deveríamos tentar um treinador estrangeiro, o futebol brasileiro está com uma safra de treinadores muito abaixo da média; é só ver a quantidade de treinadores estrangeiros nos clubes. Ancelotti acho que está um pouco ultrapassado, acho que os resultados dele são mais pela excelente qualidade do elenco (do Real Madrid) que tem nas mãos. Apostaria no Klopp ou talvez Guardiola. Se o treinador da seleção não tiver liberdade para fazer as convocações, nenhum vai dar certo”, Donizete Santos, palmeirense.

O Fluminense é o time de Carlos Pimentel

Para Carlos Pimentel, torcedor do Fluminense, “A seleção foi uma vergonha (contra a Argentina, não conseguiu atacar e nem se defender, time totalmente desestruturado. Já passou da hora de substituir o Dorival, mas não é uma tarefa fácil, mas eu colocaria o Renato Gaúcho. I⁠infelizmente os jogadores hoje priorizam o sucesso nos clubes e não na seleção, falta o amor (à camisa)”.

Stuart Silva é flamenguista desde sempre

Time (da Argentina), muito bem treinado e com vontade de vencer. Claro que também contando com boa qualidade técnica dos seus jogadores. O Dorival deve sim ser substituído.⁠ (Para treinar a seleção poderia ser o) ⁠⁠Jorge Jesus ou o Abel Ferreira. Claro que gostaria muito mais de Anceloti ou Guardiola, porém citei opções que acho mais prováveis. ⁠⁠Os jogadores brasileiros ficaram muito grandes no exterior, nenhum técnico brasileiro está a altura para treinar eles e são facilmente dominados pelos atletas. Dessa forma o trabalho dos técnicos brasileiros é sempre pautado pela vontade dos atletas, não pode contrariá-los. Especialmente com a presença de Neymar que sempre foi jogador e técnico. Por isso acredito que a seleção precise de um estrangeiro de peso que os jogadores respeitem”, Stuart Silva, torcedor do Flamengo.

Hugo ‘Jordan’ Ramos

No jogo (contra a Argentina) horrível, time mal treinado, péssimo esquema tático, faltou amor à camisa como os jogadores de antigamente. Evidentemente o trabalho do Dorival Júnior não funcionou e com toda certeza eu o substituiria, e colocaria no lugar dele o Abel Ferreira, que dentre as opções que temos, ele seria a melhor opção para estar a frente da seleção. Depois do 7×1 (contra a Alemanha na Copa do Mundo em 2014), ninguém respeita mais o Brasil e os jogadores não fazem nada para mudar isso, jogam sem vontade, sem criatividade, enfim dias difíceis”, Hugo ‘Jordan’ Ramos, o maior fã brasileiro do super astro Michael Jordan e torcedor do Timão.

Guga Isensee é torcedor do ‘Bahea’, desde sempre…

Seleção apática, sem volume de jogo, acuada dentro de um esquema não existente, ou seja, vão lá e simplesmente joguem, mal escalada e totalmente perdida em campo, nota 4,5 (0 a 10). Tenho três nomes para treinar a seleção, que seria o Abel Ferreira, que já mostrou que tem capacidade de dirigir a nossa seleção, multicampeão pelo Palmeiras e que sabe usar bem a peças que tem na mão. O outro seria o Filipe Luís, jovem treinador, mas já mostrou que tem capacidade de comandar a seleção e tem o vestiário na mão e Rogério Ceni, técnico que está mudando a forma de jogar e tem o respeito dos seus jogadores e o tem vestiário. Eu apostaria nesses três nomes, caso a CBF queira fazer a mudança da comissão técnica. Considero também que enquanto o patrocinador convocar cerca de 80%dos jogadores, deixando o restante para a comissão técnica, não teremos mais uma seleção que venha nos dar orgulho. ou seja, quem escala nossa seleção é a patrocinadora”, Guga Isensee, torcedor do Bahia.

Alfredo Melo

Um time mal treinado, mal escalado, sem entrosamento e ainda somos obrigados a ouvir o Dorival dizer depois das partidas que a seleção está evoluindo. Não dá para ouvir esta bobagem. Uma porcaria. No fim de semana assisti Holanda x Espanha e o jogo da Alemanha e cheguei a conclusão de que o Brasil não vai vencer uma seleção europeia tão cedo. Eu não indicaria o Dorival para dirigir a seleção e o substituiria, aliás, o Edinaldo (Rodrigues) é um trapalhão, uma cara que nunca ouvi falar no futebol e de repente é presidente da CBF e agora foi reeleito. Ele é o responsável direto pelo que está acontecendo com a seleção, porque ficou naquela ilusão de trazer o Ancelotti perdendo tempo com uma coisa que não ia acontecer, pois o Real Madrid não ia mandá-lo embora. Colocou o Fernando Diniz que dirigia o Fluminense e a seleção ao mesmo tempo numa lambança. Depois mandou embora o Diniz e colocou o Dorival que não tem capacidade para dirigir a seleção brasileira. Eu teria demitido o Dorival depois do jogo contra a Argentina. Aliás, já passou da hora de termos um treinador estrangeiro, pois um técnico brasileiro é influenciado por empresários e patrocinadores. Outra coisa, deveria ser proibido que treinadores da seleção tenham seus filhos como auxiliares, como foi com o Tite e agora com o Dorival. Qual foi o trabalho que os filhos deles fizeram sozinhos para serem seus auxiliares na seleção brasileira? Ganhando salários acima de R$ 100 mil para cima. Vejo que no Brasil só tem o Abel Ferreira para substituir o Dorival, e se não for possível ele, que seja o Jorge Jesus ou o Pep Guardiola, caso o Abel não aceite o convite. Para finalizar, o futebol brasileiro vai muito bem obrigado, que o diga os presidentes das 27 federações estaduais, os 20 presidentes dos clubes da Série A e os 20 presidentes dos clubes da Série B, que elegeram o Ednaldo por unanimidade. Uma lástima”, afirmou Alfredo Melo, botafoguense e colunista do MNUSA.

Jehozadak Pereira

Jehozadak Pereira é jornalista profissional e foi editor da Liberdade Magazine, da Refletir Magazine, do RefletirNews, dos jornais A Notícia e Metropolitan, do JS News e jornalista da Rede ABR - WSRO 650 AM. Foi articulista e editorialista do National Brazilian Newspaper, de Newark, New Jersey. É detentor de prêmios importantes tais como o Brazilian Press Awards e NEENA - New England Ethnic Newswire Award entre outros