Um esforço internacional que abrange o Brasil e o Estado de Massachusetts levou à prisão de dois fugitivos brasileiros que tentaram evitar cumprir penas por tentativa de homicídio, fraude e peculato.
A operação conjunta, apelidado de “Nowhere to Run”, foi liderado pelo US Immigration and Customs Enforcement (ICE) e Removal Operations (ERO), em Providence, Rhode Island, e Investigações de Segurança Interna (HSI), em Boston. Oficiais do ERO e agentes especiais trabalharam em estreita colaboração com o Escritório da Interpol em Brasília e localizaram os brasileiros Caylon Botelho Carreiro, 27, e Adilson Pires Ribeiro, 48. Ambos foram presos na semana passada em Massachusetts.
Carreiro, que entrou ilegalmente nos Estados Unidos, é procurado pela polícia brasileira por tentativa de homicídio. De acordo com relatos policiais brasileiros, em 28 de março de 2009, Carreiro disparou uma arma em uma vítima durante uma briga de bar e fugiu para evitar a prisão.
Adilson Pires Ribeiro, que permaneceu nos Estados Unidos após a expiração do prazo de permanência, é procurado pelas autoridades brasileiras por fraudar a Caixa Econômica Federal. Ribeiro trabalhou na Caixa entre 1997 e 2001, e retirou dinheiro de contas mantidas no banco e depositou o dinheiro em uma conta aberta por ele de forma fraudulenta. Em 2013, Ribeiro foi condenado à revelia e condenado a quatro anos e oito meses de prisão.
Carreiro e Ribeiro estão nos Estados Unidos ilegalmente. Eles estão sob custódia do ICE em Massachusetts onde permanecerão enquanto aguardam o resultado dos seus casos de imigração para serem deportados e cumprir as respectivas penas no Brasil.
“Estamos comprometidos em trabalhar com os nossos parceiros de aplicação da lei internacional para identificar fugitivos e condenados que pensam que podem se esconder em nosso país”, disse Sean Gallagher, diretor do escritório do ERO em Boston. “Os Estados Unidos não serão usados como esconderijo por aqueles que violaram o Estado de Direito”, afirmou.
“Agradecemos a parceria que temos com o Escritório da Interpol em Brasília”, disse Fatima Zulmira Rodrigues Bassalo, delegada da Polícia Federal do Brasil. “Estas detenções de fugitivos demonstram a colaboração que existe entre nossas agências”, declarou. Existem dezenas de outros casos de fugitivos condenados que se refugiam na comunidade brasileira nos Estados Unidos.
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