Brasil, pátria amada

Só o trabalho honesto é que nos vai levar adiante

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Estamos na Semana da Pátria, onde a nossa gente vai poder mostrar todo o seu civismo e orgulho de ser brasileiro e sempre fica evidente que trabalhar é necessário e é o que nos leva adiante, mesmo que demore um pouco mais. Só o trabalho é que nos vai levar adiante e a falta de documentos hábeis não deve servir de desculpas para nada. Já outros podem perguntar se entre nós não existe gente boa? Felizmente existe sim, e diga-se de passagem que é gente da melhor estirpe.

É só ver nos lugares onde há concentração de pessoas e conversar um pouquinho para vermos o quanto há de pessoas que são honestas, trabalhadoras, decentes, dignas e honradas. Quantos brasileiros trabalham durante anos para conquistar alguma coisa e se orgulhar do que conseguiram. Cada vez mais brasileiros brasileiros ocupam cargos importantes em muitas empresas e organizações americanas, hoje estamos em todos os lugares na América levando para cima o nome do Brasil. Há gente nossa trabalhando em lugares cada vez mais importantes, inclusive nas forças armadas. A cada ano aumenta o número de brasileiros que são admitidos nos serviços militares, e segundo os seus superiores são pessoas dedicadas e respeitadoras. Felizmente para cada mau elemento ou melhor, para cada malandro há pelo menos duas, três dezenas de pessoas de boa índole e de bom caráter.

É muito comum ouvir que a vida na América muda a cabeça das pessoas. Não muda não. Quem é honesto no Brasil, vai ser honesto em qualquer lugar do mundo. Quem é malandro ou espertalhão no Brasil, vai ser em qualquer lugar onde esteja e por causa destes todos nós somos nivelados por este padrão ruim de conduta. Para muitos, a comunidade é composta de vigaristas, falsários e malandros. 

Nos anos 60, New York foi invadida por uma horda de gangues que na sua maioria eram compostas por porto-riquenhos. Logo, toda uma coletividade de pessoas honestas e trabalhadoras foi confundida como sendo composta integralmente com a escória. Não é preciso dizer que todos sofreram com as atitudes de uns poucos. A própria comunidade tratou de expurgar os maus elementos e a mostrar para as autoridades que nem todos eram iguais. Levou alguns anos, mas valeu a pena todo o esforço para mostrar quem era quem.

Nós brasileiros temos um longo e penoso caminho pela frente, que é o de se conscientizar de que temos que fazer a diferença em todos os aspectos, principalmente no quesito honestidade e correção. O que para muita gente é normal, incluindo aí o roubo de identidade, a criação de contas fraudulentas de aplicativos que são oferecidas livremente nas redes sociais e a violência doméstica, é na verdade um comportamento inadequado, deturpado e nocivo a todos. Desde quando é aceitável este tipo de conduta? Precisamos dizer que mesmo sendo indocumentados, somos na maioria pessoas que somente buscam uma vida melhor e mais digna, apesar das atitudes ruins e corrompidas de uns poucos que fazem questão de nos envergonhar diante da maioria.

É por causa disto que a crítica é necessária e oportuna, mesmo que ela doa e seja tida como impertinente, mas é a única forma de se mostrar quem é quem, principalmente os bons brasileiros honestos e dignos, que felizmente estão em todos os lugares.

Que a Semana das Pátria com todas as suas demonstrações de civismo e patriotismo nos sirva de reflexão e de consciência com a nossa responsabilidade de quem mora fora do país. Cada um de nós tem uma missão aqui, que é de trabalhar honestamente em cada oportunidade que surgir. 

Estamos todos longe da nossa pátria querida e amada e mesmo assim a maioria não consegue deixar de se preocupar com o que acontece por lá, principalmente por causa da situação política e da eleição que se avizinha. Os candidatos são os piores possíveis, um pior do que o outro e nestas horas costuma aparecer os salvadores da pátria.

A polarização política é das mais intensas e espera-se que a campanha presidencial supere em maldades e aleivosias as de 2014 e de 2018 que foram as piores de todos os tempos.

Nosso viés deve sobretudo estar aqui onde moramos e ganhamos o pão nosso de cada dia e devemos saber também que os exageros e as comemorações excessivas devem ser deixadas de lado, pois o que não vai nos faltar na vida são oportunidades de ressaltar toda a nossa cidadania e patriotismo. Portanto, vista verde e amarelo, aproveite e mostre o orgulho que você tem de ser um brasileiro que honra o seu País, mesmo estando a milhares de milhas dele.

Foto da capa Jehozadak Pereira/Mundo Yes: Samuel ‘Good good’ Chaves e Lucia Lopes

Jehozadak Pereira

Jehozadak Pereira é jornalista profissional e foi editor da Liberdade Magazine, da Refletir Magazine, do RefletirNews, dos jornais A Notícia e Metropolitan, do JS News e jornalista da Rede ABR - WSRO 650 AM. Foi articulista e editorialista do National Brazilian Newspaper, de Newark, New Jersey. É detentor de prêmios importantes tais como o Brazilian Press Awards e NEENA - New England Ethnic Newswire Award entre outros