Bond! James Bond…

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Bond! James Bond. O papel que marcou a vida e a carreira de Sean Connery

Morreu Sean Connery. O melhor James Bond do cinema. Um personagem que incomodava o ator.

É uma marca que fica para sempre como aquelas tatuagens com o nome do ex-namorada. 

Essa identidade meio atravessada também marcou outros atores ao longo da história do cinema.

Para lembrar alguns!

Alguém consegue imaginar o professor Indiana Jones no corpo de outro ator que não seja o de Harrison Ford?

O Batman sem o talento de Christian Bale ou, descendo um pouco o nível, Rock ou Rambo sem Sylvester Stallone?

É como uma cicatriz que marca a pele para sempre. 

Para atrizes e atores do nível de um Connery tal identidade as vezes mais atrapalha do que ajuda.

E ele odiava o tal agente do serviço secreto britânico que levava o codinome 007.

Criado em 1950 pelo jornalista e escritor Ian Fleming, o agente vestiu várias aparências ao longo do tempo.

Mas foi no corpo de Sean Connery que o personagem ficou marcado.

Nos originais Bond é apresentado como um homem entre 30 e 40 anos, apreciador de vodka-martini, alto, moreno, caucasiano, porte atlético, elegante, exímio atirador com licença 00 para matar, sedutor, charmoso e perito em artes marciais.

Foram sete filmes com Sean:
– O Satânico Dr. No (1962);
– Moscou contra 007 (1963);
– 007 contra Goldfinger (1964);
– 007 contra a chantagem atômica (1965);
– Com 007 só se vive duas vezes (1967);
– 007- Os diamantes são eternos (1971);
– 007- Nunca mais outra vez (1983).

Mais de 90 papéis ao longo de mais de 50 anos de carreira com atuações memoráveis no cinema.

Como esquecer Os Intocáveis e o personagem de Sean Jim Malone (Oscar de Melhor Ator Coadjuvante), amigo e parceiro de Kevin Costner (Eliot Ness), Andy Garcia (agente George Stone/Giuseppe Petri) e Charles Martin Smith (agente Oscar Wallace).  

Ou não lembrar do monge franciscano William de Baskerville em O Nome da Rosa, adaptação para o cinema de um clássico da literatura escrita pelo italiano e genial Umberto Eco.

E outros trabalhos que marcaram sua trajetória.
O mais Longo dos Dias – 1962; 
Marnie, Confissões de uma Ladra – 1964; 
A Colina dos Homens Perdidos – 1965; 
Sublime Loucura – 1966; 
A Tenda Vermelha – 1971; 
Até os Deuses Erram – 1973; 
Assassinato no Expresso Oriente – 1974;
O Vento e o Leão – 1975;
O Homem que Queria ser Rei – 1975;
Uma Ponte Longe Demais – 1977;
O Primeiro Assalto de Trem – 1979;
Highlander, o Guerreiro Imortal – 1986;
Mais Forte que o Ódio – 1988;
Indiana Jones e a Última Cruzada – 1989;
Caçada ao Outubro Vermelho – 1990;
Sol Nascente – 1993;
A Rocha – 1996;

Sean ganhou inúmeros prêmios ao longo de sua carreira. Foram mais de 30. Entre eles três vezes o Globo de Ouro, duas vezes o Bafta (prêmio da Academia Britânica de Artes Cinematográficas e Televisivas) e o título de cavaleiro da Ordem Britânica entregue pela Rainha Elizabeth II, passando a assinar “Sir”.

Ativista ativo, defendia a independência da Escócia. 

Era um ator com luz própria. Roubava qualquer cena com qualquer outro. 

Talentoso, perfeccionista ao extremo, força e carisma. Marcas que transformaram Sean Connery num ícone do cinema.

Como boas lembranças, como esquecer, “Meu nome é Bond… James Bond”, com aquele inconfundível cigarro no canto da boca.  

Gerald D

O gremista Gerald D escreve sobre artes, literatura, futebol e política com muita propriedade e consciência, o que reflete o seu gosto apurado pela boa leitura