Catherine Leavy, 37 anos, foi presa na quinta-feira, 15, em sua casa em Westfield, Massachusetts e acusada pelas autoridades de deliberadamente fazer uma falsa ameaça de bomba contra o Boston Children’s Hospital. Leavy foi levada para uma audiência na U.S. District Court perante a a juíza Judith G. Dein, onde ouviu as acusações e permaneceu detida. Uma nova audiência deve acontecer na sexta-feira, 16.
De acordo com os documentos judiciais de acusação, em agosto de 2022, agentes do Federal Bureau of Investigation (FBI) começaram a monitorar ameaças feitas contra o Boston Children’s Hospital e seus funcionários. Entre outros serviços de saúde oferecidos pelo BCH, está o Gender Multispecialty Service Program (GeMS), o primeiro grande programa de saúde nos Estados Unidos que se concentra no atendimento médico para adolescentes transgêneros e com diversidade de gênero. O BCH e os funcionários que trabalham no programa são alvos constantes de ameaças da direitistas e radicais que acusam o hospital de mutilar sexualmente os adolescentes. Este seria o motivo das ameaças de bomba.
No dia 30 de agosto, o BCH recebeu uma ameaça telefônica de bomba, onde a pessoa que ligou e disse que “havia uma bomba que seria deixada no hospital que tinha que ser evacuado, inclusive quem estava internado lá”.
O FBI foi acionado e rastreou a ligação e chegou ao número do telefone que havia sido usado na ameaça, que estava registrado em nome de Catherine Leavy. A quebra do sigilo telefônico indicou que a ligação teve origem em uma torre de telefonia celular próxima à residência de Leavy, no momento em que a ameaça de bomba foi feita.
Durante a busca na residência de Leavy em Westifield, na manhã da quinta-feira, agentes federais munidos de um mandado federal, localizaram o telefone usado na ligação de ameaça.
Se for considerada culpada, Catherine Leavy, pode receber uma pena de até 10 anos de prisão, três anos de liberdade condicional e uma multa de até US$ 250 mil.
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