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Cogito Ergo Sum

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Um estudo na área de psicologia, apresentado anos atrás por uma pesquisadora da Harvard University em colaboração com um outra cientista social da Berkley da Califórnia, foi considerada inovadora na época, sobre a compreensão comportamental.

Segundo elas, a maneira que a pessoa percebe a vida, em todos os seus aspectos, determinará como esta pessoa se comporta, como se veste, como se relaciona com outras pessoas e até mesmo suas posturas corporais.

Até aí nada de novo visto que estas colocações já foram amplamente divulgadas por outros pesquisadores. O inovador foi o fato de que elas apresentaram uma proposta para reverter este quadro baseado apenas em uma intervenção comportamental.

Por exemplo, você já percebeu, como as pessoas ao serem cumprimentadas por alguém geralmente respondem?

– Como vai você? – Na luta, responde.

Ou a pessoa ao se levantar, diz: “hoje será um dia muito difícil”, ou ainda, “fazer dieta é muito doloroso”.

A proposta destas cientistas é que ao assimilar a vida com uma luta, o dia com algo muito difícil ou a dieta com dor, seu cérebro encontrará maneiras de posicionar seu comportamento e despertar atitudes correspondente ao modelo mental que você tem.

Se é luta temos que estar atentos a tudo e todos, prontos para o ataque, prontos para a guerra. Ataque, guerra, invocam atitudes de agressão que podem nos levar a perceber os outros como inimigos e assim predispor nossas reações.

Se você acordou vendo o dia como muito difícil, reagirá antecipadamente, como se tudo estivesse realmente muito difícil. Segundo elas este comportamento elevará o seu nível de cortisol, hormônio responsável pelo stress, e diminuirá o nível de testosterona, que é responsável entre outras coisas pela nossa capacidade de se sentir confiante, otimista, etc.

Dados científicos à parte, o ponto é se você mudar suas perspectivas sobre a vida, ela pode realmente mudar. Minha humilde sugestão é simples: ao invés de olhar para a vida como uma luta diária, olhe para a vida como um presente. Uma dádiva.

O simples fato de mudar a maneira como você rotula a vida pode transformar pouco a pouco a sua vida para melhor. As atitudes diante de um presente são radicalmente diferentes das atitudes diante de um luta. De um “sacrifício penoso”.

Se você perceber a vida como um presente, acredite, com o passar do tempo suas reações serão muito mais brandas, alegres, compreensivas e amorosas. Situações típicas do novo modelo mental que você criou.

Só toma cuidado para não imaginar que estou sugerindo uma forma utópica de ver a vida. Não é isto. O que estou sugerindo é que considere a leitura que você faz da vida tem, sem que você perceba, te leva a agir da maneira que você age.

Tentar mudar o modelo mental que criamos para cada situação de nossa vida, pode ser uma poderosa arma para fazer de nós pessoas melhores, mais felizes, lúcidas e mais saudáveis física e espiritualmente.

Foto da capa: O Pensador de Auguste Rodin

Gerald D

O gremista Gerald D escreve sobre artes, literatura, futebol e política com muita propriedade e consciência, o que reflete o seu gosto apurado pela boa leitura