O juiz Melvin Hoffman da Divisão de Falências de Worcester, afirmou em entrevista ao The Wall Street Journal que a empresa deve ser incluída na lei federal que rege os negócios das companhias que estão sem condições de pagar os seus credores, o Capítulo 11 da Lei de Falências. A TelexFREE não seria fechada de todo, mas os seus bens seriam vendidos como manda o Capítulo 7 da mesma legislação.
No Capítulo 11, o devedor continua no comando do negócio, embora sob supervisão da Justiça e com um interventor que vai gerenciar os rumos do empreendimento com o objetivo de sanear as finanças e colocar a casa em ordem. “Eu quero achar um interventor o quanto antes’, disse o magistrado Hoffman na entrevista.
Joseph Davis, advogado da TelexFREE afirmou que concorda com a intervenção na empresa e que a companhia não fará objeção alguma, já que para a Justiça e para o juiz Melvin Hoffman os fatos demonstrados no processo movido pela SEC justificam plenamente a nomeação de um interventor. “Concordamos que faz todo sentido ser acionado o Capítulo 11. Eu entendo por que o controle da companhia não deveria permanecer com quem a levou à falência”, afirmou o advogado Joseph Davis.
A TelexFREE é acusada de promover um esquema fraudulento de pirâmide financeira e de ter arrecadado mais de US$ 1 bilhão em todo o mundo. O americano James Merrill, um dos sócios da TelexFREE está preso e Carlos Wanzerler o outro sócio é considerado foragido da Justiça dos Estados Unidos e está no Brasil. De acordo com o Antonio Carlos de Almeida Castro, advogado de Wanzeler, o seu cliente não tem a intenção de se apresentar para ser julgado. Se condenados Merril e Wanzeler pode pegar 20 anos de prisão. Na semana passada o FBI criou um site para cadastrar vítimas da TelexFREE para consolidar o processo contra a empresa, seus sócios, divulgadores e diretores.
