Fabíola, WhatsApp e traição virtual

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O caso da bancária Fabíola, que foi surpreendida pelo marido na entrada de um motel em Betim, Minas Gerais mostra o qual é o uso qual muitas pessoas dão às tecnologias. Fabíola, disse ao marido que ia fazer as unhas que desconfiado de que alguma coisa estava errada, tratou de monitorar a mulher e a pegou em fragrante como o seu melhor amigo.

A cena foi filmada e compartilhada nas redes sociais e aquilo que era para ser um problema matrimonial, ganhou dimensões estratosféricas e expôs todo o drama de duas famílias. Fabíola usava o WhatsApp para suas conversas e encontros e não se deu conta de que estava sendo monitorada pelo marido.

Furtiva, Maria não se deu conta de que seus movimentos dentro de casa eram acompanhados detidamente. Sem desgrudar um instante sequer do telefone celular, ela usava o serviço de WhatsApp para conversar com um caso do passado.

O sistema permite que as mensagens enviadas e recebidas possam ser apagadas, mas confiante, Maria as vezes não apagava as conversas e recados. Um dia, confrontada, não teve mais como negar a traição virtual e o relacionamento que não ia bem, desandou de vez.

Tal como Fabíola, milhares de pessoas fazem uso das redes sociais para flertar, conversar e interagir com outras pessoas, seja durante o dia, noite e finais de semana. Com o advento dos smartphones e dos tablets a tarefa de ‘conversar’ às costas dos parceiros, tornou-se ainda mais atraente e convidativa e para muitos o risco vale a pena.

Se antes, o silêncio da madrugada era quebrado pelo tec tec do mouse, e do teclado do computador, os olhos pregados na tela, e um leve sorriso nos lábios na penumbra da sala fazem com que a mulher extasie-se, com o que lê. O marido e os filhos dormem a sono solto, e nada parece atrapalhar o seu colóquio virtual. Hoje, com os dispositivos portáteis tudo é relativamente mais pessoal de mais fácil de ser transgredido.

Como esta mulher, uma multidão de milhões de pessoas frequentam as salas de bate-papo na internet em busca de conhecerem outras pessoas, com quem possam se relacionar. Estas relações virtuais não trazem culpa alguma, pois, por não envolverem contato físico – num primeiro momento, e, sobretudo, por julgarem não estar fazendo nada de errado.

Tempos atrás, pesquisadores da Flórida University, revelaram que, por outro lado, os parceiros dessas pessoas se sentiam traídos, mesmo que não tendo ocorrido contato físico algum. Beatriz Mileham, autora da pesquisa afirmou que a internet vai se tornar rapidamente a forma mais comum de infidelidade, se já não for. A maior reclamação dos homens é a falta de sexo no casamento. Muitas das mulheres estavam tão envolvidas que já não mais se interessavam por sexo com seus maridos.

Se antigamente as salas de bate-papo virtual foram a causa de milhares de separações nos EUA, de acordo com grupos de aconselhamento especializado, hoje as traições virtuais acontecem via smartphones, situação que tende a piorar, pois o número de pessoas conectadas na internet cresce a cada dia, segundo dados divulgados pela ONU, a população mundial de internautas passava dos 875,6 milhões de pessoas ao final de 2005.

Tudo o que um homem ou mulher precisa fazer é ligar o computador e escolher entre milhares de outras pessoas disponíveis. Nada poderia ser mais fácil. A maioria se aventura em chats, por causa da monotonia, falta de interesse sexual do parceiro ou desejo de variedade e diversão pura e simples. Telefones celulares, tabletes e também as redes sociais compõem o quadro que pode transformar as vidas de muitos casais.

Al Cooper, autor do livro Sex and Internet – A Guide Book For Clinicians, Sexo e a Internet – Um Guia para os clínicos, numa tradução livre, afirma ter ouvido de terapeutas nos EUA, que a atividade sexual online, está se convertendo na maior causa de problemas no casamento, pois muitos dos encontros virtuais acabam materializando-se, e as conversas que começam como amizade caminham rapidamente para algo mais sério.

O que começa num flerte online, vai desembocar num divórcio. Quem faz sexo virtual não se sente traidor, e quem descobre, sente-se enganado. Especialistas em direito não encontram base para enquadrar como traição ou mesmo basear um ato de adultério, quando praticado virtualmente.

Muitos casamentos têm se dissolvido nestas circunstâncias e não há nada que se possa fazer para que estas práticas sejam coibidas ou minoradas, pois muitos parceiros se sentem traídos quando descobrem que eles conversam – principalmente – sobre sexo e outras intimidades na internet.

Homens e mulheres descarregam suas frustrações matrimoniais em relacionamentos fugazes e obscuros na internet, sem medirem as reais conseqüências que possam decorrer disto, inclusive moralmente. Cada vez mais o acesso a pessoas que não se conhecem pessoalmente, mais se valem do WhatsApp, Skipe, mensagens de texto, webcam, etc, que estabelecem definitivamente um novo tipo de comportamento.

O homem quando trai…
1 Não abandona o celular por nada no mundo nem para ir ao banheiro;
2 Muda drasticamente alguns gostos. Por exemplo, vai da música clássica ao sertanejo;
3 Vive no mundo da lua, fica disperso;
4 Inventa viagens de final de semana. Chega até a adorar pescaria!
5 Faz muita hora extra;
6 Vira metrossexual: começa a caprichar no visual, faz botox, entra na academia…
7 Começa a usar o perfume da mulher para disfarçar o da amante;
8 Compra cuecas novas.

A mulher quando trai…
1 Capricha nos chamegos com o marido;
2 Faz comida gostosa;
3 Fica mais atenta;
4 Se cuida, quer fazer lipo e pôr silicone;
5 Vai com mais freqüência ao cabeleireiro;
6 Aumenta o apetite sexual com o marido;
7 Procura tratamentos para os dentes.;
8 Compra lingeries novas.

Imagem meramente ilustrativa

Jehozadak Pereira

Jehozadak Pereira é jornalista profissional e foi editor da Liberdade Magazine, da Refletir Magazine, do RefletirNews, dos jornais A Notícia e Metropolitan, do JS News e jornalista da Rede ABR - WSRO 650 AM. Foi articulista e editorialista do National Brazilian Newspaper, de Newark, New Jersey. É detentor de prêmios importantes tais como o Brazilian Press Awards e NEENA - New England Ethnic Newswire Award entre outros

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