O blog vai publicar até o dia 14 de março uma reportagem por dia contando a história de uma mulher por ocasião do Dia Internacional da Mulher. A reportagem de hoje é sobre Tania Mara Cabral, uma paranaense que é solidária com a dor alheia.
“Sou bicho do Paraná, pé vermelho, de uma cidade chamada Faxinal que significa campo coberto de mato curto aonde nasci e me criei e (da qual) tenho lembranças especiais da minha vida lá. Cheguei aos Estados Unidos há 20 anos em 1998 junto do meu marido e dos meus três filhos”, sobre suas origens e da chegada na América.
“Sou Tania Mara Cabral, tenho 54 anos, moro em Lowell, sou filha da Arlete e do Antenor, neta do João Cabral e Settimo Zenotti que imigraram de Portugal e da Itália para o Brasil, esposa do Carlos da Silva há 37 anos, mãe coruja do Guilherme, do Gustavo e do Gregório, mas no meu coração cabe ainda uma multidão. Gosto de gente de verdade, de vida, de comunicação, de tudo que envolve arte e inovação. Tenho paladar afiado por uma boa culinária e também amo cozinhar nas minhas horas vagas. Tenho opinião marcante sobre alguns aspectos da vida, luto por quem e pelo o que acredito até o fim, gosto de verdade, de companheirismo, diversão e de muito bom humor. Adoro fazer amizades e ter amigos tanto quanto puder. Sou uma borboleta, vivo em metamorfose e aberta para as descobertas que podem da sentido a minha vida. Adoro cores e atualmente estou com o cabelo branco para simbolizar a paz pelas crianças na Síria e uso elas no meu cabelo em respeito e amor também as mulheres que lutam contra o câncer, uso cores que possam comunicar a minha união por essa causa nobre. Sou leoa, sou borboleta, sou pássaro livre sempre pronta para novos voos”, diz.
“Umas das coisas que sempre me marcou desde que cheguei aqui, é a diversidade de pessoas, histórias de vida e a união de pessoas que até então eram estranhas e de repente se tornam famílias. Todos em busca de uma vida digna e com condições justas para suas famílias”, acerca da gente brasileira, sempre acolhedora.
“Sou técnica em unhas e podóloga. Busco através do meu trabalho, ter um olhar de abrigo pela vida das minhas clientes. Sim, elas passam uma hora ali comigo sentadas, me olhando, e muitas vezes dividindo suas vidas, sejam alegrias ou tristezas. Eu busco o olho no olho, e ver a vida de cada uma como uma forma de me ajudar a ser melhor e de ajudá-las também dividindo minha vida. Temos momentos de muita descontração também, trabalho com humanização. Sou a favor de relações que prezam por respeito e amor seja no trabalho, em casa, ou com amigos. Um dos fatos mais marcantes que já vivi no meu trabalho foi com a história de vida de uma cliente que enfrentou muitos desafios na vida, superou limites, chegou muito longe aqui e de repente me revelou que era analfabeta, eu simplesmente levantei e bati palmas para ela pela braveza de ser e aquilo me mostrou que não existem limites para irmos aonde queremos chegar”, sobre sua profissão e de como interage com outras pessoas, especialmente as mulheres que buscam seus serviços profissionais e das histórias de vida que ouve.
“Trabalhar com beleza para mim significa poder devolver às minhas clientes o que elas são verdadeiramente. Jóias preciosas que tem sua própria beleza. Para mim não tem nada melhor do que ver a alegria de uma mulher ao resgatar sua auto-estima e reconhecer sua beleza”, sobre sua profissão.
“Gostaria de deixar uma palavra amiga a todas as mulheres, nunca desistiam de ser melhores a cada dia, somos uma raça sábia que busca mudança diária, que conseguimos lutar pelos nossos sonhos e pelos nossos objetivos. Somos únicas, fomos criadas para o amor e para multiplicar esse sentimento para todos à nossa volta. Somos peças chaves para o paz no mundo, mas que ela comece dentro da nossa casa”, finalizando com uma mensagem de esperança para outras pessoas, e em especial às mulheres.
Foto de compartilhamento: Michelle Ghazal Photography. Demais fotos: acervo pessoal
