EXCLUSIVO: ‘Adalberto destruiu a vida da minha família”, diz mãe de abusadas

Famílias de crianças abusadas sexualmente contam histórias de horror e impunidade

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Adalberto Henriques de Freitas comete atos de pedofilia conta meninas há anos

Tão logo a notícia de que o brasileiro Adalberto Henriques de Freitas havia sido preso em Quincy na semana passada por ter abusado de meninas que ficavam sob a responsabilidade da sua esposa em um day care que funcionava no apartamento do casal na cidade, surgiu a notícia de ele havia cometido outros abusos sexuais contra meninas no Brasil, mais especificamente em Contagem, MG.

A reportagem do blog MundoYes.com, investigou e obteve com exclusividade a informação de que Adalberto é foragido da Justiça brasileira, e também com exclusividade conversou as famílias das três meninas que foram abusadas e que o denunciaram para a polícia. Outras crianças foram molestas sexualmente pelo pedófilo Adalberto, mas optaram por não prestar queixas contra ele, que ameaça as crianças de morte caso contassem a alguém o que se passava.

Os relatos são chocantes e os pais das vítimas que hoje são adultas demonstraram toda a sua revolta e descrença da justiça brasileira de que um dia Adalberto cumpra pena pelos crimes cometidos no Brasil

“Minha filha tinha cinco anos na época dos abusos que aconteceram em Contagem. Nós frequentávamos a mesma igreja que o Adalberto e quando havia reuniões com as mulheres, ele se oferecia para tomar conta das crianças. A mulher dele tinha problemas de coluna e ele subia para o andar de cima para ficar com as crianças que tinham entre três e sete anos de idade. Nunca desconfiamos de nada, pois eles eram muito amáveis e todos nós tínhamos muito carinho pela família dele. Quando descobrimos o que acontecia, ele negou tudo e a família tomou o lado dele defendendo-o e uma mãe que teve uma criança abusada, não acreditou que ele fosse capaz de um ato tão cruel contra uma criança. Inclusive o Adalberto e alguns dos seus familiares culparam as crianças afirmando que as meninas viviam se esfregando nele e as mães que não cuidavam delas”, disse uma das mães. “Minha filha não queria mais saber de ir em qualquer igreja, pois achava que todos os homens que estavam lá iam abusar dela. O que eu penso de tudo isto? Se o Adalberto voltar ao Brasil vai continuar cometendo os mesmos abusos, porque a Justiça daqui não funciona”, complementa.

“Sou mãe de duas filhas que na época tinham cerca de cinco e sete anos, uma certa vez quando ela estava tomando banho, eu estranhei o comportamento dela e perguntei se estava acontecendo alguma coisa. Ela negou e desviou o assunto. Mas, a minha outra filha contou para a avó que Adalberto se esfregava, ejaculava e fazia sexo oral nela, além de fazer com elas manipulassem seu órgão genital. A perícia médica constatou os abusos. Diante da igreja e das pessoas ele negou tudo e disse que as crianças viviam se esfregando nele. Ele tinha uma maneira toda especial de ter as crianças próximas dele. Prometia presentes quando voltasse dos Estados Unidos, para onde ia sempre. Ele molestou muitas crianças, inclusive as filhas de uma família que foi embora para a Bahia. Uma parente dele, me disse na época que estava aliviada pois tudo havia sendo colocado as claras, pois quando as pessoas acusavam o Adalberto ele dizia que era tudo mentira. Procuramos a justiça, mas não deu em nada e cada vez mais ficava claro que o Adalberto não respeitava nada e nem ninguém. Quando o Adalberto viajou de vez para os Estados Unidos, eu avisei o delegado que ele estava indo embora, e que (ele) tinha que tomar alguma providência. Mas o delegado me disse que o Adalberto estava liberado pois o caso ainda estava sob investigação. Até hoje o meu marido é revoltado e não aceita que o Adalberto tenha ficado impune nestes anos todos. Há alguns anos ele teve até um infarto por causa disto. Tantos anos depois minha filha mais nova se recusa a falar sobre o assunto pois não tem coragem de nos dizer tudo o que se passou com ela nas mãos deste homem. Quando soubemos que ele havia cometido abusos contra mais crianças nos Estados Unidos, não nos surpreendemos e temos a certeza de que a única forma de parar este homem é a justiça americana agir contra ele, pois se ficar livre e for mandado para o Brasil vai destruir mais famílias, como destruiu a minha (família). O trabalho que a Cileida tinha nos Estados, era a cara dele e facilitava tudo pois deixava as crianças a mercê deste monstro abusador de meninas”, diz. “Espero há mais de dez anos por justiça contra este pedófilo que abusou das minhas filhas para mostrar para a família dele quem é o monstro que cometeu estes crimes. Aqui no Brasil ele abusou de várias crianças, inclusive das sobrinhas da mulher dele, cujos pais não quiseram denuncia-lo para preservar a família. Eles não se importavam com as crianças abusadas das outras famílias. Eu e a outra mãe lutamos sozinhas no Conselho Tutelar e cheguei até a jogar o número do processo fora de tanta frustração e revolta que senti por ele ficar impune. Entreguei nas mãos do Senhor e tudo veio a tona e infelizmente é que tenha acontecido com outras crianças e é com muita tristeza que falo isto, pois são mais vítimas inocentes. Ele tem que responder pelos crimes cometidos aí nos Estados Unidos, porque aqui não tem lei e se o Adalberto vier para cá não vai ficar preso. Este pedófilo tem que ser condenado e preso. É muito triste saber que ele tocou e abusou de outras meninas aí nos Estados Unidos, depois de ter feito o mesmo aqui no Brasil. Ele fez pior com as minhas filhas e tive que fazer tratamento psicológico e espiritual com elas e ficou o trauma, a raiva e a frustração por tudo o que aconteceu. É uma mágoa que vamos carregar para sempre nas nossas vidas. Não há como esquecer os crimes que este monstro cometeu contra as nossas crianças”, finaliza.

A fiança estabelecida na Corte Distrital de Quincy contra Adalberto Henriques de Freitas é de US$ 50 mil por criança molestada e ele terá uma nova audiência no dia 28 de fevereiro.

Jehozadak Pereira

Jehozadak Pereira é jornalista profissional e foi editor da Liberdade Magazine, da Refletir Magazine, do RefletirNews, dos jornais A Notícia e Metropolitan, do JS News e jornalista da Rede ABR - WSRO 650 AM. Foi articulista e editorialista do National Brazilian Newspaper, de Newark, New Jersey. É detentor de prêmios importantes tais como o Brazilian Press Awards e NEENA - New England Ethnic Newswire Award entre outros

5 COMMENTS

  1. Meu Deus! Espero que esse monstro morra na cadeia, cheguei a chorar só de imaginar uma dessas crianças na mão desse monstro. Esses comentários todos que vcs fazerem aí tem que entregua na mão do juiz daqui, para que ele não seja deportado, cumprir aqui a pena.

  2. Fique tranquila, senhora. Os Estados Unidos é um país de law&order. Ele vai ficar preso por muito tempo. E se os presos descobrirem a causa, ele vai sofrer nas mãos deles. Deus é justo.

  3. Tá louca manda esse homem para o Brazil um país que não tem lei nada funciona ele tem que pagar aqui mesmo onde ele cometeu essa atrocidade pq aqui as leis funcionam independente de ser rico, pobre, negro etc…

  4. Pois que esse monstro nunca mais volte ao Brasil, que apodreça e morra lá mesmo, onde pagará por todos os seus crimes. Que Deus restaure o coração de todas as vítimas dessa besta.

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