O brasileiro Willian Borges, 30, de Fort Lauderdale, Flórida, declarou-se culpado na quarta-feira, 26 de uma acusação de conspiração e três acusações de suborno em relação a programas que recebem fundos federais. Borges foi preso em setembro de 2020, teve a sua sentença agendada para o dia 27 de fevereiro de 2023, pelo juiz da Corte Distrital Federal em Massachusetts Mark G. Mastroianni.
Borges foi diretor da DWD Builders, uma empreiteira de serviços gerais, de 2018 a 2019 e durante esse período, pagou propinas ao co-conspirador Floyd Young, que ocupou cargos envolvendo manutenção de instalações em uma universidade em New York, em troca de preferência na obtenção de contratos para construção, reparo, manutenção e outros trabalhos para a universidade. As propinas que Borges pagou a Young foram feitas em dinheiro no valor de 15% dos contratos durante reuniões presenciais, que eram pagas mediante o recebimento das medições das obras executadas. Algumas vezes, Young e Borges dividiam pagamentos oriundos de invoices de serviços inexistentes.
Em agosto de 2020, Young se declarou culpado de direcionar contratos de construção, reparo, manutenção e outros trabalhos para as universidades para empreiteiros favorecidos, incluindo Borges, em troca de pagamentos de suborno normalmente no valor de 15% do contrato. Young será sentenciado em 2 de março de 2023.
A acusação de conspiração prevê uma sentença de até cinco anos de prisão, três anos de liberdade condicional e uma multa de US$ 250 mil ou o dobro do ganho ou perda bruta. As acusações de suborno relativas a programas que recebem fundos federais prevêem uma sentença de até dez anos de prisão, três anos de liberdade condicional e uma multa de US$ 250 mil ou o dobro do ganho ou perda bruta.