Quando segunda chegar

Traidor da Constituição é traidor da Pátria

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Boston City Hall, setembro de 2012. Jehozadak Pereira

Vamos erradicar neste domingo, 2, o que nunca deveria ter ressurgido. Vamos liquidar este mal sem permitir uma segunda chance. Esta erva ruim precisa desaparecer.

Vamos erradicar de vez para que nunca mais floresça neste solo fértil e promissor. 

Que o amor supere a intolerância e seja a linguagem predominante a partir de segunda. 

Onde a paz e prosperidade sejam novamente realidades. Onde seja possível sonhar e acreditar numa sociedade mais justa e igualitária. 

Vamos enterrar num lugar esquecido para que nunca mais renasça. 

Para que morto, suas raízes sirvam de alimento aos abutres.

Que nos devolvam a liberdade e o Estado de Direito. Bem maior de qualquer país grandioso como o Brasil. Sem agressividades e ameaças as instituições, pilares da democracia.

Não existe mais espaço para militares inúteis e golpistas que por utilizarem fardas, uma prerrogativa concedida pela sociedade civil, se acham no direito de ameaçar as eleições e exaltar uma ditadura que censurou, torturou, matou e roubou o amanhecer de milhões de brasileiros. 

A derrota definitiva deste regime fascistóide é também devolver à caserna quem nunca de lá deveria ter saído. 

Como esquecer nesse momento da Constituinte de 1988, quando em seu discurso, Ulysses Guimarães pontuou: – Traidor da Constituição é traidor da pátria. (…) Temos ódio à ditadura. Ódio e nojo.

Que essas eleições possam romper este ciclo de miséria moral e ética. Que domingo possamos nos livrar deste inferno de uma vez por todas.

Que neste domingo o povo brasileiro vote consciente do seu papel e importância. Que vote pelo futuro das novas gerações. Pelos nossos antepassados. Pelos mais de 780 mil mortos pela covid-19. Pelos assassinatos do estado contra pobres e negros.

Que a partir deste domingo volte a esperança. Volte a normalidade. Volte a estabilidade. Um governo com projetos propositivos. Um governante que olhe para a maioria com noções sociais.

Domingo é o dia de negar o oxigênio que eles negaram a tantos brasileiros.

Para que este governo não continue respirando até novembro. Mate-o, num só golpe na urna eletrônica. Dar mais um suspiro e essa gente inumana é colocar nas ruas suas gangues carregadas de cólera. 

A hora chegou. O dia é domingo.  

Gerald D

O gremista Gerald D escreve sobre artes, literatura, futebol e política com muita propriedade e consciência, o que reflete o seu gosto apurado pela boa leitura

1 COMMENT

  1. Obrigado por suas palavras. Que nosso povo tenha sabedoria. Para dar um fim a tantas tristezas que estamos passando nestes quatro anos.
    Que venham novos tempos.

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