Quando a consequência de um erro médico é a morte

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Erros médicos quase sempre são irreparáveis sejam estéticos, orgânicos, psicológicos e invariavelmente deixam sequelas humilhantes para quem é vitimado por eles. Mas como se proteger de erros médicos?

Há de se concordar que ninguém que um dia precisou de cuidados clínicos/médicos não esteve vulnerável e ter o infortúnio de passar por um é o pior pesadelo que alguém pode ter.

Advogado Christopher Jantzen. Foto: divulgação

Há erros médicos que são irreparáveis e que provocam dor, sofrimento e privação. Foi o que aconteceu com um casal em Boston em 2015. Depois de anos de casados, finalmente eles esperavam ansiosos pela chegada do bebê que seria a realização de um sonho. Chegado o dia de a criança nascer e já com as contrações, a mãe foi para um dos mais conceituados hospitais de Boston, e aquilo que era para ser um parto tranquilo em um instante tornou-se um pesadelo para aquela família.

Na hora da criança nascer, um problema que os médicos não detectaram com antecedência, o bebê apresentou problemas e não conseguia passar pela abertura. Imediatamente, os profissionais envolvidos optaram por tirá-lo através de sucção com todos os riscos que tal prática envolve.

Tentaram uma, duas, três, quatro, cinco, reiteradas vezes e as coisas se complicavam com o passar do tempo. Tentaram tanto que provocaram lesões irreversíveis na criança. Sem conseguir resolver a situação a mãe foi levada as pressas para o centro cirúrgico onde optaram por uma cesariana.

Ao nascer, constataram as lesões na cabeça e no pescoço da criança e mesmo assim deram-na para que sua mãe a acalentasse, embora o bebê não tivesse qualquer reação, tão comum em recém-nascidos. Pouco depois levaram-no para uma unidade neo-natal de terapia intensiva, pois seu estado de saúde era irreversivelmente mortal. Em uma escala de 1 a 8, a situação da criança era 1, ou seja, crítica, mas eles escondem e dizem para os pais que é 8. A crueldade é que mesmo sabendo de tudo isto, eles perguntavam para a mãe como o bebê estava.

Nesta altura, depois de todo o circo montado, disseram para os pais que não tinham uma boa notícia para eles, ao afirmar que a criança tinha problemas de respiração.

Cientes de que haviam cometido um erro médico grave, perguntaram para os pais quando a mulher se ela havia caído no caminho para o hospital, no que foram imediatamente retrucados pelo pai. A mulher não havia sofrido nenhum acidente e entrara no hospital andando e com as dores do parto.

Mantiveram o bebê por nove dias em um centro de tratamento intensivo e deixaram que a criança morresse nos braços da sua mãe.

Aquilo que era para ser um momento de alegria e bênção na vida daquela família que se não fosse por causa da negligência, da imperícia e da falta de cuidados, sairiam dali levando sua criança em um bebê conforto. No entanto, levaram seu filho para ser sepultado.

Cientes de que um erro médico havia levado a vida do seu filhos, procuraram o advogado Christopher Jantzen que levou o caso até a Corte Suprema do Estado de Massachusetts em busca de uma reparação para aquele casal.

“Busquei um perito médico na Virginia, porque em Massachusetts eu não achei ninguém disposto a dar um parecer sobre o caso, o que tornou possível comprovar a má prática dos profissionais que fizeram o parto e provocaram a morte da criança”, diz o advogado Jantzen, que é especializado em litígios. A primeira oferta do seguro foi de US$ 750 mil, o que foi prontamente recusado pelo advogado.

Este caso teve um desfecho rápido, pois em circunstâncias semelhantes o desfecho não acontece em menos de dois anos e no começo de 2016 e ante que o caso fosse para mediação, o seguro propôs e foi aceito uma indenização de US$ 1,5 milhão como reparação pelo erro médico.

O advogado Jantzen se emociona quando narra este caso e afirma que tem sido muito comum no Estado, uma grande sucessão de erros médicos e um dos mais recorrentes é o esquecimento de pedaços da placenta após os nascimentos de bebês. São recorrentes e geram infecções graves e que em alguns casos resulta em infertilidade.

“As pessoas não podem ter medo de reclamar seus direitos se foram vítimas de erros médicos, pois as seguradoras arrastam os casos por quatro, cinco anos, quando a pessoa não tem quem os represente com vigor e lute por eles”, afirma o advogado. “Cerca de 75% dos casos de erros médicos que vão para os tribunais são decididos a favor dos médicos e dos hospitais, pois são casos que precisam ser bem elaborados com laudos, argumentação e uma representação eficiente, para se obter êxito”, conclui o Christopher Jantzen.

“Nos últimos dez anos, conseguimos diversas indenizações milionárias para nossos clientes, tudo graças à nossa perseverança, dedicação e insistência em obter reparações para erros médicos e imperícia profissional. Nós cuidaremos de todo o processo do começo ao fim para você. Primeiro, revisaremos os registros médicos para determinar se houve imperícia médica. Se esse for seu caso, mandaremos os registros para um especialista para conseguir uma opinião médica detalhada. A partir da aprovação do especialista, iremos protocolar um pacote de demandas em seu nome. A seguradora possui então a oportunidade de negociar um acordo. Caso a oferta não esteja de acordo com você, iremos apresentar um processo contra os médicos e o hospital. Você tem três anos para pedir reparação por erro e/ou imperícia médica”, conclui.

Prestação de serviço
Jantzen & Associados
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Jehozadak Pereira

Jehozadak Pereira é jornalista profissional e foi editor da Liberdade Magazine, da Refletir Magazine, do RefletirNews, dos jornais A Notícia e Metropolitan, do JS News e jornalista da Rede ABR - WSRO 650 AM. Foi articulista e editorialista do National Brazilian Newspaper, de Newark, New Jersey. É detentor de prêmios importantes tais como o Brazilian Press Awards e NEENA - New England Ethnic Newswire Award entre outros