Edel Holz apresenta o espetáculo teatral ‘O Doente Imaginário’

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O ano de 2017 será impar para o teatro brasileiro de Boston, que já tem todas as datas das peças que serão apresentadas no Teatro do YMCA de Cambridge. Dia 19 de março a troupe de Edel Holz apresentará ‘O Doente Imaginário’ de Molière, um clássico do teatro universal.

Molière era natural uma cidade no sul da França, nome artístico foi escolhido por Jean Baptiste Poquelin quando entrou para o mundo do teatro. Molière escrevia as peças que protagonizava. Era o preferido do rei Luis XIV, o rei Sol.

Os comediantes (atores) da época não podiam, por lei, ser sepultados nos cemitérios normais (terreno sagrado), já que o clero considerava tal profissão como a mera “representação do falso”. Como Molière persistiu na vida de ator até à morte, estava nessa condição. A sua mulher, Armande, pede, contudo, a Luís XIV que lhe providencie um funeral normal. O máximo que o rei consegue fazer é obter do arcebispo a autorização para que o enterrem no cemitério reservado aos nados-mortos (não batizados). Ainda assim, o enterro é realizado durante a noite.

Em 17 de janeiro de 1673, enquanto representava no palco o protagonista de sua última obra, Le Malade imaginaire (O doente imaginário), Molière sofreu um repentino colapso e morreu poucas horas depois, em sua casa de Paris. Como se assinalou com frequência, não é de estranhar que o mestre do duplo sentido e da dissimulação tenha encerrado a vida e a carreira no momento em que encarnava um falso doente.

Em 1792, os seus restos mortais são levados para o Museu dos Monumentos Franceses e, em 1817, transferidos para o cemitério do Père Lachaise, em Paris, ao lado da sepultura de La Fontaine.

Edel Holz adaptou a peca de Molière, que é uma de suas preferidas. Ela se reconhece hipocondríaca de marca maior: “Não gosto de tomar remédio. Mas se alguém disser que tá com piolho, cocô minha cabeça, se disserem que estão com dor de barriga, passa pra mim também… Já tive dengue, zica, chicungunya sem nunca ter dito”, diz Edel bem humorada. Molière é o criador da comédia de costumes, da farsa, que no Brasil teve repercussão com Martins Penna e Arthur Azevedo.

O Doente Imaginário terá única apresentação, no domingo, 19 de marco no Teatro do YMCA de Cambridge.

Argan (Robson Lemos) acredita piamente que está doentíssimo, a um passo da morte. Sua mulher o convence a colocar suas duas filhas num convento e fazer um testamento em seu nome para herdar toda sua fortuna. Toinette (Edel Holz) a criada, faz de tudo para que Argan não queira casar sua filha com um médico para não mais pagar remédios e receitas e sim casa-la com quem ama. E assim, Toinette e Berralde (Valter Américo) armam um plano para que Argan descubra os verdadeiros sentimentos dos que vivem em sua casa enquanto finge-se de morto. Cleante (Victor Moy) e Angelique (Andreza Moon) são o casal apaixonado.

O Doente Imaginário é um espetáculo delicioso, ágil, engraçado, respeitando a comédia Dell’arte de Molière.

Prestação de serviço
“O Doente Imaginário”
Elenco
Robson Lemos: Argan
Edel Holz: Toinette
Andreza Moon: Angelique
Juliane Farias: Beline
Valter Américo: Berrald
Leo Tatara: Louison
Victor Moi: Cleante
Domingo, 19 de marco – 5 PM
Teatro do YMCA
820 Massachusetts Ave
Cambridge, MA – 02139
Ingressos antecipados: US$ 10
Na bilheteria US$ 15
Informações: 617.229-8403 ou 617.501-5884

Com informações fornecidas pela produção. Foto: divulgação

Jehozadak Pereira

Jehozadak Pereira é jornalista profissional e foi editor da Liberdade Magazine, da Refletir Magazine, do RefletirNews, dos jornais A Notícia e Metropolitan, do JS News e jornalista da Rede ABR - WSRO 650 AM. Foi articulista e editorialista do National Brazilian Newspaper, de Newark, New Jersey. É detentor de prêmios importantes tais como o Brazilian Press Awards e NEENA - New England Ethnic Newswire Award entre outros

2 COMMENTS

  1. Ha muitos anos venho acompanhando as peças teatrais da Edel Holz e seu maravilhoso elenco. Fico encantada com a sutileza que ela escreve suas peças, com a criatividade que ela veste seus personagens, com as rimas fantásticas que ela cria – enfim aprecio imensamente seu contagiante talento! Gostaria que nosso povo brasileiro aqui em Massachusetts tivesse a oportunidade de assistir e prestigiar esse trabalho sensacional desse grupo formidável que só atuam pelo amor à arte, com a ajuda generosa dos seus leais patrocinadores. Parabéns Edel e seu fabuloso elenco!!!

  2. Uma pessoa valiosa para a cultura brasileira; ñ podemos esquecer nossas origens e ela certamente tem um papel importante, pois realmente nos agracia com sua arte??
    Durante anos, sempre com novidades e talento! ⭐️⭐️⭐️⭐️⭐️

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