A HISTÓRIA de uma carona que terminou em uma acusação de estupro

Nenhum exame ou teste foi feito para detectar se de fato, houve estupro

1
4305
A queixa de estupro contra Guilherme Oliveira foi retirada pela acusadora

Guilherme Oliveira é da região de Governador Valadares, tem atualmente 19 anos e chegou nos Estados Unidos acerca de três anos, para escapar da violência e das ameaças do seu pai. Sem visto veio pelo México e na entrada pela fronteira entregou-se para a imigração e não deixou de ir a nenhuma das audiências designadas.

Trabalhou arduamente, pagou a sua dívida com quem lhe trouxe, ajudou sua mãe e sua família e no ano passado deu-se o direito de comprar um Camaro preto, com o qual dirigia sem carteira pelas ruas e estradas de Martha’s Vineyard.

Tido muito educado, prestativo e cordial, Guilherme é bem quisto por todos, especialmente pelos seus patrões e amigos e em 2017 entrou no aplicativo de relacionamentos Tinder para arrumar uma namorada. Entre muitas paqueras e mensagens, recebeu um ‘match’ de uma pessoa que se identificou como homossexual, pelo qual não se interessou.

Em dezembro de 2017, Guilherme parou em um estabelecimento para tomar um café e ao sair deparou-se com uma mensagem escrita em um papelão com telefone, pedindo que ele entrasse em contato. Guilherme ligou e era o homem homossexual. Sem qualquer acordo para que se encontrassem, o homem pediu que ele desse uma carona para uma amiga e que a levasse até sua casa.

Guilherme não a conhecia e mesmo assim levou a garota, uma menor de idade até a casa do homem. “Ao chegar lá, ela pediu que o Guilherme a esperasse, embora ele quisesse ir embora. Para que isto não acontecesse, ela deixou sua mochila no carro dele. Pouco tempo depois ela voltou e pediu que o Guilherme a levasse a um outro endereço. Aí, no carro, ela perguntou ao Guilherme se ele queria ter relações sexuais com ela. Ele não topou porque disse que ela era muito feia e desajeitada, e mesmo assim, ela tentou beijá-lo e ele resistiu, porque conforme ele me disse e está no depoimento dele, que ela não o agradou em momento algum. Em um curto espaço de tempo, ele colocou dentro do carro dele uma menina que arrumou um grande problema”, diz uma mãe brasileira cujo filho é amigo de Guilherme.

Isto aconteceu no dia 23 de dezembro de 2017 e quatro dias depois Guilherme foi preso e acusado de estupro, violência física e assalto (battery) que é uma ofensa criminal que envolve uma ameaça seguida de agressão física. Um advogado do Estado foi designado para defendê-lo. No processo as roupas que Guilherme usava no dia da suposta agressão sexual, desapareceram sem que fossem analisadas para a a detecção de esperma, também não foi feito qualquer exame na garota para provar o que ela alegava. “A maior preocupação do advogado desde o primeiro momento é que o Guilherme assuma culpa a qualquer custo. Quando perguntado onde estão as roupas que o Guilherme usava no dia que deu a carona para a a garota, ele disse não saber onde estão”, afirma a mulher. Guilherme não aceitou e depois de quatro meses foi libertado com uma tornozeleira e compareceu a todas as cortes e cumpriu as determinações do juiz do caso. 

Durante todo o tempo a garota sustentou que havia sido estuprada e atacada por Guilherme, até que meses atrás ela capitulou, mudou de ideia e retirou a queixa afirmando que não havia sido estuprada, mas manteve a queixa de agressão física, motivo pelo qual o caso não foi encerrado.

“Aqui na Ilha a garota que é filha de uma família desajustada e viciada em drogas, e que vive aprontando a toda hora. Há uma série de vídeos onde ela aparece tirando a roupa, inclusive em uma destas ocasiões, ela abaixou as calças e desfilou de nádegas de fora na balsa. Aparentemente na gravação, tanto a acusadora do Guilherme e as suas amigas pareciam se divertir com aquilo, pouco se importando com as pessoas que estavam a sua volta”, afirma uma outra mãe que se levanta em defesa de Guilherme. 

Porém, para agravar ainda mais a situação de Guilherme, acerca de quatro meses ele foi a uma festa e um dos seus amigos bebeu e pediu que ele dirigisse o carro de volta para casa. Guilherme foi parado pela polícia e por não ter carteira de motorista, foi detido e mantido na cadeia até agora.

“O que nós queremos é que ele seja inocentado da acusação de agressão, já que a que pesava por estupro foi retirada, e que se ele for deportado, que vá embora totalmente limpo e inocentado de qualquer acusação, pois se isto não acontecer ele vai ter muita dificuldade por lá. Sua mãe sempre fala com algumas pessoas aqui na Ilha e dá pena dela diante desta situação. Eu mesma já fui diversas vezes na cadeia visitá-lo e ele está muito abalado e repete que não fez nada com a garota, e que sequer a beijou. As pessoas nos falam que ela só o denunciou porque foi influenciada negativamente pela amiga, mas que não vai fazer mais nada e que retirar a queixa de estupro foi tudo o que ela podia fazer. A impressão que temos é que elas quiseram se divertir sem medir as consequências do que estavam fazendo. Estamos nos organizando para tentar ajuda o Guilherme, já que falaram para ele que vai ser entregue para a Imigração. Estamos tentando contratar um advogado para representá-lo na corte”, afirma a mãe brasileira. “Isto poderia ter acontecido com qualquer um, inclusive com meu filho”, finaliza. 

O blog não obteve nenhum retorno das tentativas de contato com a defesa de Guilherme até a publicação desta reportagem. 

Nota
O blog tem o filme onde a garota aparece seminua e também fotos e o nome dela, mas deixa de publica-los por se tratar de uma menor de idade e para não expô-la. 

Jehozadak Pereira

Jehozadak Pereira é jornalista profissional e foi editor da Liberdade Magazine, da Refletir Magazine, do RefletirNews, dos jornais A Notícia e Metropolitan, do JS News e jornalista da Rede ABR - WSRO 650 AM. Foi articulista e editorialista do National Brazilian Newspaper, de Newark, New Jersey. É detentor de prêmios importantes tais como o Brazilian Press Awards e NEENA - New England Ethnic Newswire Award entre outros

1 COMMENT

Comments are closed.