Se há um personagem que tenta se impor pela gritaria nestas eleições no Brasil é Silas Malafaia que tem buscado de todas as formas aparecer mais do que os candidatos a qualquer cargo em disputa no pleito. Malafaia com seu cabelo pintado e glostorado é a própria caricatura de si mesmo sem se dar conta do triste papel que tenta protagonizar sem muito sucesso.
Empunhando a sua única bandeira que é atacar os gays, consegue na verdade é angariar a antipatia coletiva das pessoas contra os evangélicos, categoria da qual se diz líder e porta-voz.
Tal como um profeta do Apocalipse que se avizinha, ele faz poses dramáticas no seu programa de TV e sempre diz que tem uma bomba, quando na realidade não tem nem um track daqueles que não assustam nem um bebê de colo.
Já se disse perseguido pelo PT que teria colocado fiscais e auditores para examinar minuciosamente as contas dos seus negócios e que a tal perseguição que só ele consegue ver, tentou de todos os modos transferir para a igreja evangélica brasileira. Já vociferou impropérios, já bateu boca, já ameaçou, já esculhambou tudo o que podia esculhambar e até no pé da Marina Silva ameaçou pegar cobrando dela posições que ele quer porque quer implantar.
Interessante é quando vem em tom catastrófico e de cenho franzido tal como um personagem de qualquer filme de quinta categoria impor medo e pavor em quem – ainda – o segue. Na realidade mesmo quer é faturar uns trocados vendendo Bíblias da prosperidade ou o último livro medíocre que ele não escreveu.
Silas Malafaia afirmou que Marina não representa os evangélicos, se bem que ela jamais afirmou textualmente isto. Talvez do alto da sua arrogância e falsa indignação, Malafaia se julga o único representante dos evangélicos brasileiros. Não é não e ele sabe disto.
A última peripécia de Silas Malafaia foi promover um ‘tuitaço’ contra Dilma Rousseff, afirmando que teria dois posts indefensáveis contra a presidente por causa do ‘ativismo gay’ que entre outras coisas pretende acabar com algumas datas comemorativas como os dias dos pais e das mães nas escolas, atitudes que segundo ele, tem o apoio do governo e da presidente-candidata.
Só que tudo deu errado, e o tal protesto digital de Malafaia foi um retumbante fiasco, mostrando que o discurso dele pode até ser interessante e viável numa sociedade pluralitária e democrática, mas na sua boca toma ares de intolerância, fanatismo e irracionalidade, bem típicas de um talibã.
Com tudo isto, Silas se parece cada vez como um falastrão, da qual poucos dão atenção. Muito pouco para quem se acha o verdadeiro ‘líder e voz’ dos evangélicos brasileiros, mas que só consegue ser mesmo conhecido com homem dado a gritaria e arrogância.