O significado do Natal

O Natal é uma excelente ocasião para refletir e repensar atitudes

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Os reis magos foram guiados até onde estava o Salvador do mundo

Estamos caminhando para as festividades natalinas, e vale a pela falar um pouco sobre o significado do Natal. Parte do mundo comemora o Natal, que simboliza o nascimento de Jesus Cristo, há mais de dois mil anos, não se trata de um feriado simples e consensual. Trata-se de um feriado, que é aproveitado para reuniões familiares, troca de presentes, organização de bailes, ceias e outras manifestações do gênero. Para algumas denominações religiosas o Natal não deve ser assinalado, por ser uma festa de origem pagã. 

Para Kabhoz Kahim Kheine, o dia 25 de dezembro era originariamente dedicado ao “nascimento do deus sol invencível”. A visão evangélica alega que esta data não tem base bíblica, pois as escrituras não mencionam a data do nascimento de Jesus Cristo. Se Deus quisesse que os cristãos celebrassem essa festa, argumentam, teria revelado a data ou dado indicações nesse sentido. Do lado oposto estão as denominações que comemoraram o aniversário de Jesus Cristo, justificando que apesar de o 25 de dezembro não ser a data exata do seu nascimento, o que importa é que Ele nasceu e por isso o povo de Deus deve se alegrar. Neste momento surge a pergunta que não quer calar: afinal, o Natal deve ser celebrado ou não e qual o sentido natalino?

Antes da resposta, vale a pena um pouco de história. Dizem a maioria dos escritos sobre o tema que a celebração do Natal, provavelmente, antecede o cristianismo e teve origem num antigo festival mesopotâmico que simbolizava a passagem de um ano para outro, com vários rituais. Os persas e os babilônios tinham também as suas versões do festival. Mais tarde, através da Grécia, o costume alcançou os romanos, sendo absorvido pelo festival chamado Saturnalia (em homenagem a Saturno). 

A festa começava no dia 17 de dezembro e terminava no dia 1º de janeiro, comemorando o solstício do inverno. De acordo com os seus cálculos, o dia 25 era a data em que o Sol se encontrava mais fraco, porém pronto para recomeçar a crescer e trazer vida às coisas da Terra. Durante a data, que acabou conhecida como o “Dia do Nascimento do Sol Invicto”, as escolas eram fechadas e ninguém trabalhava, eram realizadas festas nas ruas, grandes jantares eram oferecidos aos amigos. 

Apenas após a cristianização do Império Romano o 25 de dezembro passou a ser a celebração do nascimento de Cristo. A maior parte das referências indica que o primeiro Natal como conhecemos hoje foi celebrado no ano 336 d.C. Após a reforma protestante, a tradição foi adaptada pela maioria das igrejas evangélicas. Sabe-se que a Bíblia não menciona o dia em que Jesus nasceu nem há referências de que a igreja primitiva assinalava ou atribuía algum significado ao dia do nascimento de Jesus Cristo; pelo que o Natal de hoje é uma festa que resultou da tradição cristã pós bíblica. Se assim é, volta a indagar porque celebrar o Natal? 

No livro “Bible answers for almost all your questions” – Respostas bíblicas para quase todas as suas perguntas, o autor responde a esta pergunta afirmando que “a resposta não é encontrar a data do seu nascimento, mas sim adorar Cristo e celebrar de forma adequada a entrada do filho de Deus na humanidade”. 

A realidade é que todos os anos no mês de dezembro, o clima natalino se espalha, uma série de artigos de natal invadem ruas e avenidas e aos poucos vai contagiando as pessoas, mesmo aqueles que não se prendem tanto a essas tradições, acabam muitas vezes, sendo levados a entrar nessa atmosfera. A imagem do Natal carrega muitos símbolos e rituais que ao longo do tempo foram se associando a essa festa em especial, incluindo o consumismo excessivo. 

Mas vamos nos ater na premissa, de que o Natal pode ser uma excelente ocasião para refletir e repensar atitudes, lembrando do grande homenageado da data, que é Jesus e seus exemplos transformadores. A lembrança dessa figura que marcou para sempre a história da humanidade, nos convida a buscar sentimentos positivos como: o amor, a gratidão, a caridade, a fraternidade, a amizade e a generosidade.

Pensar sobre esses autênticos valores, ou seja, o significado espiritual do natal, responde que devemos sim comemorar o Natal, com familiares, amigos e até presentear aqueles que amamos, nos permitindo,  despertar para as virtudes que podemos fazer e sermos a diferença,  deixar de olhar apenas para si mesmo, abrindo-nos para que possamos oferecer aquilo que temos de melhor dentro de nós, colocando em prática os ensinamentos do Cristo, espalhando o evangelho.

Porque um menino nos nasceu, um filho nos foi dado, e o governo está sobre os seus ombros. E ele será chamado Maravilhoso Conselheiro, Deus Poderoso, Pai Eterno, Príncipe da Paz” – Isaías 9.6.

Eliana Pereira Ignacio

Eliana Ignacio é Psicóloga formada pela PUC - Pontifícia Universidade Católica – com ênfase em Intervenções Psicossociais e Psicoterapêuticas no Campo da Saúde e na Área Jurídica. É especializada em Dependência Química pela UNIFESP Escola Paulista de Medicina em São Paulo, Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas; especializada em Atendimento Familiar pelo Grupo Mineiro de Psicologia Humanista. IFL - Instituto Fraternal de Laborterapia em São Paulo. Psicoterapia - Holística. FEBRACT- Federação Brasileira das Comunidades Terapêuticas. DENARC Departamento de Investigação sobre Narcóticos. Conselheira junto ao núcleo de Psicologia Social e Políticas Públicas do Alto São Francisco. Conselheira junto ao SENAD - Secretaria - Nacional de Políticas sobre Drogas - Governo Federal.

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Eliana Pereira Ignacio
Eliana Ignacio é Psicóloga formada pela PUC - Pontifícia Universidade Católica – com ênfase em Intervenções Psicossociais e Psicoterapêuticas no Campo da Saúde e na Área Jurídica. É especializada em Dependência Química pela UNIFESP Escola Paulista de Medicina em São Paulo, Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas; especializada em Atendimento Familiar pelo Grupo Mineiro de Psicologia Humanista. IFL - Instituto Fraternal de Laborterapia em São Paulo. Psicoterapia - Holística. FEBRACT- Federação Brasileira das Comunidades Terapêuticas. DENARC Departamento de Investigação sobre Narcóticos. Conselheira junto ao núcleo de Psicologia Social e Políticas Públicas do Alto São Francisco. Conselheira junto ao SENAD - Secretaria - Nacional de Políticas sobre Drogas - Governo Federal.