ICE aperta o cerco contra imigrantes criminosos e fugitivos internacionais

Prisões de imigrantes criminosos e fugitivos aumentou exponencialmente nos últimos meses

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Fugitivo capturado em operação nacional entre 4 e 13 de março. Foto ERO

Tem chamado a atenção nos últimos meses a enorme quantidade de prisões de imigrantes criminosos – principalmente indocumentados – e fugitivos internacionais que se evadem dos seus países de origem com a intenção de se esconder nos Estados Unidos e permanecerem incógnitos.

Porém, com recursos e meios cada vez mais eficientes de vigilância e detecção de quem comete crimes em terras americanas e os que buscam se esconder aqui, as prisões tornam-se cada vez mais corriqueiras e a consequente deportação.

A mais recente operação nacional de caça e captura feita pelo Immigration and Customs Enforcement’s (ICE) e o Enforcement and Removal Operations (ERO), divulgada na sexta-feira, 17, dá conta de que foram presos 220 pessoas entre os dias 4 e 13 de março. Entre os alvos do ICE e ERO estão imigrantes que cometeram crimes de exploração sexual; posse ou uso ilegal de armas de fogo; tráfico ou distribuição de drogas; direção alcoolizada – DUI; e condenados que foram colocados em liberdade condicional ou supervisionados. Também foram alvos das autoridades pessoas que cometeram crimes sexuais; agressões; violência doméstica; homicídios – incluíndo tentativa; roubo; fraude e sequestro entre outros crimes.

No ano fiscal de 2022, foram presos 46.396 não cidadãos com antecedentes criminais e o total de 198.498 imigrantes foram acusados e condenados. A tendência é que estes números aumentem no ano fiscal de 2023, dada a intensa atividade do ICE e ERO.

Em paralelo, há também um aumento da captura e deportação de pessoas que cometeram crimes no Brasil e que portanto, são procurados pela Justiça brasileira. Basta consultar a lista de fugitivos cujos nomes constam na Difusão Vermelha da Interpol, para ver o quanto há de brasileiros que supostamente estão no exterior. Uma vez localizados nos Estados Unidos, serão presos e removidos do país.

Entre os brasileiros procurados, os que cometeram homicídios são o maior número. Cada vez que corre a notícia de que algum deles foi preso, há nas redes sociais sugestão de que há outros criminosos impunes. É de se esperar que a hora deles também chegue. Não dá para ignorar que milhares de brasileiros que cometeram crimes diversos estão presos nas cadeias americanas cumprindo prisão perpétuas e outras condenações, que quando terminarem serão deportados 

Grande parte dos brasileiros criminosos que tentam se esconder nos Estados Unidos, entraram ilegalmente no país via fronteira mexicana ou canadense. Uma vez nos Estados Unidos, misturam-se entre trabalhadores e pais de família nas comunidades brasileiras em diversos estados. Alguns buscam viver discretamente enquanto que outros incorrem em crimes e delitos. Tem também os que se expõem nas redes sociais, como se não devessem nada para ninguém, muito menos para a Justiça brasileira.

O recado das autoridades americanas, do ICE e do ERO é claro: todo e qualquer imigrante que cometer crime, for indiciado e condenado é sim, um alvo passível de prisão e deportação. A mesma mensagem aplica-se a fugitivos da justiça de qualquer país, o que é definido pelas palavras de Todd Lyons, diretor do ERO em Boston: “Os perpetradores de (qualquer) tipo de crime pouco-se importam com o estrago que causam às vítimas envolvidas nos seus crimes, mas o ERO Boston e nossos parceiros sim. As prisões e subsequente remoção de fugitivos é resultado direto do apoio crítico e da cooperação de nossos parceiros internacionais e locais – homens e mulheres cuja dedicação deve ser aplaudida”.

Jehozadak Pereira

Jehozadak Pereira é jornalista profissional e foi editor da Liberdade Magazine, da Refletir Magazine, do RefletirNews, dos jornais A Notícia e Metropolitan, do JS News e jornalista da Rede ABR - WSRO 650 AM. Foi articulista e editorialista do National Brazilian Newspaper, de Newark, New Jersey. É detentor de prêmios importantes tais como o Brazilian Press Awards e NEENA - New England Ethnic Newswire Award entre outros